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Política

"Gestão de portas abertas e mãos limpas", diz prefeito empossado em Terenos

Arlindo Landolfi Filho suspenderá contratos com empresas investigadas por fraude em licitação

Por Silvia Frias e Bruna Marques | 12/09/2025 11:26
"Gestão de portas abertas e mãos limpas", diz prefeito empossado em Terenos
Prefeito interino de Terenos, Arlindo Landolfi Filho, durante entrevista após ser empossado (Foto: Henrique Kawaminami)

O prefeito interino de Terenos, Arlindo Landolfi Filho (Republicanos), o Doutor Arlindo, diz que irá suspender os contratos firmados com empresas investigadas na Operação Spotless, que apura fraude em licitações no Executivo municipal. Na lista estão serviços de limpeza, fornecimento de internet às unidades de saúde e iluminação pública na cidade.

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Arlindo Landolfi Filho, prefeito interino de Terenos, assumiu o cargo após a prisão e afastamento de Henrique Budke, investigado por fraude em licitações. Landolfi anunciou a suspensão de contratos com empresas envolvidas no esquema, incluindo serviços de limpeza, internet e iluminação pública. A medida visa recuperar a confiança da população e a credibilidade política.O novo prefeito afirma que a suspensão não prejudicará os serviços. A prefeitura assumirá a limpeza e a maioria das obras investigadas está concluída. Landolfi, eleito vice-prefeito em 2020, declarou surpresa com a operação e promete gestão transparente. A Operação Spotless investiga fraudes em licitações e desvio de recursos públicos na prefeitura de Terenos, com suspeita de direcionamento de contratos e pagamento de propinas.

Doutor Arlindo tomou posse esta manhã, em sessão solene na Câmara Municipal de Terenos, cidade a 31 quilômetros de Campo Grande. A medida foi tomada após a prisão e o afastamento do titular, Henrique Wancura Budke (PSDB), em operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção).

A suspensão segue parcialmente a recomendação da Câmara Municipal de Terenos, já que o presidente da Casa de Leis, Leandro Caramalac (PSD), tinha falado em revogação.

“O maior desafio é recuperar a confiança da população e a credibilidade política; depois, entender toda esta situação para dar continuidade aos trabalhos”, disse o prefeito interino, em entrevista na sede da prefeitura.

A suspensão dos contratos, segundo o prefeito, não irá prejudicar os serviços prestados à prefeitura. Sobre a limpeza, diz que a administração irá assumir o trabalho e que a maioria das obras apontadas no relatório de investigação já foi concluída. “As que estão para entrega já foram 80% executadas.”

Na coletiva, o prefeito ainda havia citado os contratos de sinalização, mas a assessoria corrigiu posteriormente que a suspensão será feita nos acordo referentes à iluminação pública de Terenos.

Sobre os indícios de fraude apontados na investigação, o Doutor Arlindo disse que não tinha “papel presente na prefeitura” e que somente comparecia em sessões solenes. Estava previsto ocupar a cadeira em janeiro, durante 30 dias de férias do titular. “Não tinha participação ativa”, acrescentou, dizendo que ficou surpreso com a operação.

Em relação ao trabalho, afirmou: "A gestão será de portas abertas, de ouvidos atentos e de mãos limpas".

Doutor Arlindo foi eleito em 2024 como vice-prefeito na coligação formada por Federação PSDB, Federação Brasil da Esperança e partidos aliados (Republicanos, Cidadania, PDT, PSD, PT, PCdoB e PV). Na prestação de contas à Justiça Eleitoral, declarou R$ 2,559 milhões em bens, entre empresa de moda infantil, carros e apartamentos.

A Operação Spotless, deflagrada pelo Gaeco e pelo Gecoc, levou à prisão do prefeito Budke, suspeito de chefiar um esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. A ação, realizada na terça-feira (9), cumpriu 16 mandados de prisão e 59 de busca e apreensão em Campo Grande e Terenos, em endereços ligados à administração municipal e a empresários do setor da construção civil.

Segundo as investigações, o grupo direcionava contratos de obras públicas a empresas previamente escolhidas, em troca do pagamento de propinas. Entre 2021 e 2024, Budke teria recebido cerca de R$ 646 mil, referentes a contratos de reformas e ampliações de escolas municipais.

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