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Interior

Luccas Abagge é morto em confronto com a polícia

Ele estava foragido da Penitenciária Estadual de Dourados e seria transferido para presídio na Capital

Guilherme Correia e Helio de Freitas, de Dourados | 10/09/2022 17:19
Cápsulas de balas utilizadas para matar Luccas Abagge, neste sábado. (Foto: Adilson Domingos)
Cápsulas de balas utilizadas para matar Luccas Abagge, neste sábado. (Foto: Adilson Domingos)

Luccas Abagge, de 32 anos, foi morto neste sábado (10) em Fátima do Sul, município distante 239 quilômetros de Campo Grande, por policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais). O confronto ocorreu numa casa em que ele se escondia, na Rua Santo Amadeu.

Os agentes o encontraram em trabalho conjunto de troca de informações entre os SIGs de Dourados e Fátima do Sul, além da Polícia Penal.

Ele estava foragido da Penitenciária Estadual de Dourados desde quarta-feira (7). Abagge foi condenado a prisão no estado do Paraná e recapturado em junho deste ano, na fronteira com o Paraguai.

Em janeiro de 2019, foi condenado a 54 anos por homicídio, pena posteriormente reduzida para 48 anos. O crime ocorreu em disputa por ponto de vendas de drogas em Curitiba (PR). Em julho do mesmo ano, ele foi condenado de novo, dessa vez a 32 anos por matar um adolescente e deixar outro ferido na capital paranaense.

Com histórico de fugas, Luccas também carrega o sobrenome ligado à morte do menino Evandro Caetano, 6, que abalou o Brasil nos anos 1990. A família ficou conhecida pelo crime ocorrido em Guaratuba (PR), em 1992. Sua mãe, Beatriz Abagge chegou a ser condenada pela morte da criança, teve perdão judicial e atualmente pede a revisão à Justiça. Numa série documental, ela relata ter sofrido tortura para confessar o crime.

Quando foi recapturado, em Ponta Porão, Luccas apresentou nome falso, mas identidade foi confirmadas por digitais. (Foto: Reprodução)
Quando foi recapturado, em Ponta Porão, Luccas apresentou nome falso, mas identidade foi confirmadas por digitais. (Foto: Reprodução)

Fuga - Conforme apurado pelo Campo Grande News, ele foi alojado na cela 29 do Raio 2, onde ficam presos do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele escalou a muralha do presídio usando uma “teresa” – corda artesanal feita com pedaços de pano. Numa das pontas havia uma barra de ferro pontiaguda, que foi cravada no chão para prender a corda.

A real identidade foi confirmada com a coleta de impressões digitais. Ele também foi denunciado por falsificação de documento público e uso de documento falso, quando foi recapturado em Ponta Porã no dia 18 de junho deste ano, coincidentemente em nome de Evandro de Oliveira Ribeiro.

Ele negou ser Luccas Abagge, mas a perícia confirmou se tratar do criminoso paranaense procurado por várias mortes. Com isso, se tornou réu por crimes também em Mato Grosso do Sul. Com prisão preventiva decretada, foi mandado para a Unidade Penal de Ponta Porã e depois transferido para o presídio de Dourados.

Abagge estava em processo de transferência para um dos novos presídios da Capital, onde o sistema de segurança é maior, mas escapou antes.

Local onde Luccas Abagge foi morto por policiais. (Foto: Adilson Domingos)
Local onde Luccas Abagge foi morto por policiais. (Foto: Adilson Domingos)

(*) Matéria editada às 17h55 para acréscimo de informações.

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