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Interior

Mandante de atentado contra prefeito de MS é brasileiro e mora no Paraguai

Transação imobiliária frustrada está entre motivações, mas para Polícia Civil esta ainda não é causa oficial

Danielle Valentim | 18/06/2018 10:10
Até ontem, domingo (18), o prefeito continuava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da unidade e passava por processo de retirada dos sedativos. (Foto: Divulgação)
Até ontem, domingo (18), o prefeito continuava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da unidade e passava por processo de retirada dos sedativos. (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil já identificou o mandante do atentado contra prefeito Dirceu Bettoni (PSDB) de Paranhos, a 469 km de Campo Grande. O brasileiro, que não teve o nome divulgado para não atrapalhar as investigações, mora no Paraguai. Na manhã desta segunda-feira (18), o governador Reinaldo Azambuja revelou a possibilidade de acionar o país vizinho para apoiar as buscas.

Ao Campo Grande News, o delegado Mikail Farias, de Amambai, mas que investiga o caso ocorrido em Paranhos confirmou que a Polícia Civil já chegou à identificação do mandante. No entanto, se limitou em dizer que, de acordo com o atirador, se trata de um brasileiro morador do Paraguai.

Conforme o delegado, a polícia já sabe a motivação do crime, mas que ainda não pode revelar para não atrapalhar as investigações. Desde o início das investigações, informações extraoficiais apontavam que disputa de terra no Paraguai seria uma das motivações para o crime.

Questionado sobre a transação imobiliária frustrada, disse, apenas, que não havia uma confirmação oficial. “Não existe confirmação oficial”, disse.

O Hospital do Coração em Dourados, a 233 km de Campo Grande, não informa o quadro clínico de pacientes por telefone, mas até ontem, o prefeito continuava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da unidade e passava por processo de retirada dos sedativos.

Morte de testemunha - O paraguaio Jomar Lemes, 47 anos, foi executado com vários tiros de pistola calibre 9 milímetros após sair da Delegacia de Polícia Civil de Paranhos, na tarde deste domingo (17). Ele tinha envolvimento com o atentado e só não ficou preso por estar fora do flagrante. Mesmo assim, teve o celular e motocicleta apreendidos.

Atirador - O pistoleiro Gabriel Queiroz, 26 anos, e a mulher dele, Djuly Priscilla Couto, 28 anos, tentavam fugir para Campo Grande, quando foram detidos por equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). A prisão ocorreu no dia 16 de junho.

De acordo com a polícia, ele estava com a mulher e confessou que receberia R$ 20 mil pela execução. O suspeito disse que parte do quantia, R$ 5 mil, foi depositada na conta da esposa, para a compra da motocicleta utilizada no crime. O homem mora em Campo Grande e já cumpriu pena por roubo. Ainda à polícia, ele disse que não sabia que a vítima era o prefeito.

Caso - Dirceu chegava em casa na Rua Marechal Dutra, no Centro de Paranhos, quando foi surpreendido pelos atiradores, no dia 14 de junho. Os familiares da vítima escutaram ao menos seis tiros, sendo que três atingiram o prefeito.

Os disparos de um revólver calibre 38. acertaram a cabeça, boca e abdômen da vítima. Ele foi socorrido ao hospital da cidade, mas devido à gravidade foi encaminhado para uma unidade de saúde de Dourados, onde continua internado.

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