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Interior

Movimento de caminhoneiros racha após nove dias de protestos

PRF anunciou fim da greve após reunião com motoristas, mas outros caminhoneiros acampados em Dourados afirmam que preço não caiu nas bombas e caminhões vazios continuam pagando pedágio

Helio de Freitas, de Dourados | 29/05/2018 10:53
Caminhoneiros acampados no Posto da Base, em Dourados; movimento se dividiu sobre fim da greve (Foto: Eliel Oliveira)
Caminhoneiros acampados no Posto da Base, em Dourados; movimento se dividiu sobre fim da greve (Foto: Eliel Oliveira)

Caminhoneiros acampados em três pontos da BR-163 em Dourados, a 233 km de Campo Grande, se dividiram nesta terça-feira (29) sobre a continuidade do movimento. Um grupo anunciou que a greve tinha acabado, mas líderes do acampamento na saída para Ponta Porã afirmam que a paralisação continua.

Os defensores da continuidade da greve afirmam que a paralisação nacional segue “firme e forte da mesma forma como começou” no dia 21 deste mês. Líderes do movimento acusam o governo federal de tentar enganar a categoria, já que até agora não houve queda no preço do óleo diesel nas bombas.

“O preço dos combustíveis não caiu nas bombas, o pedágio continua sendo cobrado de eixo erguido [caminhão sem carga]. Contamos com o apoio da população, porque estamos lutando também pelo direito de todos. Os caminhoneiros não vão abrir as pernas. Ninguém vai dar partida no caminhão”, afirmou à rádio Grande FM o caminhoneiro identificado como Jeferson, um dos líderes do protesto em Dourados.

O caminhoneiro desmentiu informações que circularam nesta manhã de que a greve tinha acabado em Dourados. O fim do movimento foi anunciado pela chefia local da PRF (Polícia Rodoviária Federal) após reunião com representantes da categoria.

“Esse companheiro que anunciou o fim da greve faz parte do nosso movimento, mas não fala por todos os caminhoneiros. A greve não acabou, continua forte e vai continuar”, disse Jeferson.

Outro caminhoneiro, identificado como Bigode, também afirmou que a greve continua. “Ainda vamos segurar um pouco para ver as medidas sendo cumpridas. Estamos pedindo para os caminhões pararem, precisamos que a maioria decida aceitar, por enquanto a maioria ainda aguarda uma posição final”, afirmou.

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