ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 26º

Interior

"Não vamos deixar as aldeias sem água", diz Riedel após liberação de rodovia

Gestor vai atuar de forma conjunta com a bancada para furar poços nas comunidades Bororó e Jaguapiru

Por Gustavo Bonotto | 28/11/2024 19:49

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), divulgou na tarde desta quinta-feira (28), em suas redes sociais, vídeo reafirmando o compromisso do governo estadual em buscar soluções para a crise de abastecimento de água nas aldeias indígenas de Dourados, situadas a 251 quilômetros de Campo Grande. A declaração foi feita diretamente de Brasília (DF), onde o gestor participa da 15ª edição do Fórum Nacional de Governadores.

No vídeo, Riedel destacou que, apesar de a questão ser de responsabilidade federal, o governo do estado atuará de forma conjunta com a bancada federal e o governo federal para garantir água potável às comunidades indígenas. Ele mencionou recursos já destinados para ações iniciais em oito aldeias e reforçou o compromisso de ampliação do abastecimento.

"Nós vamos ser parceiros e vamos buscar solução, junto com a bancada federal, junto com o governo federal, com o próprio Estado, na questão da água, especificamente em Dourados. Oito aldeias já têm recursos alocados. Falei e repito, que nós não vamos deixar Dourados sem água, por parte do governo do Estado, inclusive, apesar de uma atribuição federal. Eu sempre disse que os indígenas cidadãos sul-mato-grossenses e nós vamos fazer isso junto, mas nós temos que ter ordem, organização, diálogo permanente e fico feliz que nosso time em Dourados hoje chegou a bom tempo com a comunidade", declarou.

Na manhã desta quinta, representantes indígenas se reuniram no MPF (Ministério Público Federal) com a secretária estadual de Cidadania, Viviane Luiza da Silva. O encontro foi exigido pelos manifestantes para firmar compromissos do governo estadual, como o envio imediato de caminhões-pipa pela Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) e pela Prefeitura de Itaporã, além da construção de dois poços artesianos com recursos já assegurados. Também foram discutidos investimentos de longo prazo, incluindo R$ 53 milhões previstos para 2025 na construção de "super poços", solução considerada definitiva para o problema.

Paralelamente, o Ministério dos Povos Indígenas anunciou a destinação de R$ 2 milhões para a construção de dois super poços nas aldeias Bororó e Jaguapiru. A ministra Sonia Guajajara criticou a atuação policial durante o protesto, classificando o uso de força como "arbitrário e desproporcional". O governo federal também articula, junto a parceiros como a Itaipu Binacional e a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), iniciativas para modernizar o sistema de abastecimento e ampliar a infraestrutura hídrica na região.

Entenda - O pronunciamento ocorre em meio ao quarto dia de bloqueio da MS-156, rodovia que liga Dourados a Itaporã, por indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru. O protesto começou na última segunda-feira (25) e exige melhorias urgentes no fornecimento de água tratada, incluindo a construção de poços artesianos e o uso de caminhões-pipa. Após uma tentativa de liberação da via por meio de diálogo, o confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar resultou em feridos, incluindo duas mulheres encaminhadas ao Hospital da Vida.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.

Nos siga no Google Notícias