Para amenizar drama crônico, grupo se junta para doar água em aldeia
Há anos, os indígenas enfrentam a falta de água; as doações podem ser feitas até o dia 15 de abril
Para tentar solucionar parte do problema da falta de água, a reserva indígena Jaguapiru, em Dourados, irá receber doação de água mineral. As doações podem ser feitas até o dia 15 de abril, na Rua Manoel Santiago, n° 1155, Vila São Luís.
RESUMO
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A reserva indígena Jaguapirú, em Dourados, enfrenta uma grave crise de abastecimento de água, levando crianças a utilizarem garrafas pet para coletar água. Em resposta, o Núcleo de Práticas Jurídicas da Faculdade Anhanguera de Dourados iniciou uma campanha de doação de água mineral, com arrecadações até 15 de abril. A iniciativa visa mobilizar a comunidade acadêmica e a população para ajudar os indígenas. Desde 2023, a falta de água tem sido um problema persistente, levando a protestos e à criação de um grupo de trabalho pelo Governo do Estado para buscar soluções.
A iniciativa solidária é do Núcleo de Práticas Jurídicas da Faculdade Anhanguera de Dourados, que tem como objetivo mobilizar a comunidade acadêmica e a população em geral para arrecadar água potável.
"A entrega das doações pode ser feita diretamente no Núcleo de Práticas Jurídicas da faculdade, durante o horário de funcionamento. Além disso, grupos e empresas que desejarem contribuir com volumes maiores podem entrar em contato com a organização da campanha para agendar a entrega", explicou a docente da Faculdade Anhanguera e idealizadora da ação, Rilziane Melo.
O problema não é de hoje. Há anos, os indígenas enfrentam a falta de água. Em janeiro de 2024, eles bloquearam trecho da MS-156 como forma de protesto. Em novembro também planejaram outro protesto na tentativa de solucionar o problema.
O Governo do Estado chegou a criar grupo de trabalho para buscar soluções para a falta de água nas aldeias indígenas de Dourados.
Em entrevista ao Campo Grande News, no ano passado, o representante do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Flávio Vicente Machado, disse que as aldeias possuem um sistema de distribuição precário e improvisado, com tubulações expostas à superfície, o que acelera o desgaste do material.
“O problema de falta de água nas reservas indígenas é crônico, histórico e nunca foi sanado de verdade. O que tem sido feito são medidas paliativas, ao passo que as comunidades vêm reivindicando mais acesso à água. É uma reivindicação que dura há muitos anos e eles nunca tiveram acesso à água de forma integral, vem governo e sai governo”, explicou na época.
A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado para saber sobre o que está sendo feito em relação ao problema, e aguarda o retorno.
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