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Interior

Peão que matou ex-prefeito Lanzarini presta depoimento por videoconferência

A audiência durou mais de 5 horas e teve a participação de 18 testemunhas, além do réu; próximo passo é decidir se ele vai à júri

Maressa Mendonça | 18/06/2020 15:17
Peão Luis Fernandes, o "Paraguaio" no dia em que se apresentou à polícia (Foto: Direto das ruas)
Peão Luis Fernandes, o "Paraguaio" no dia em que se apresentou à polícia (Foto: Direto das ruas)


O peão Luis Fernandes, o “Paraguaio”,  de 54 anos, acusado de matar com tiro na cabeça o patrão, ex-prefeito de Amambai e secretário de Governo Dirceu Lanzarini, 62, prestou depoimento à Justiça na quarta-feira (17) por videoconferência.

Em uma audiência que durou mais de 5 horas, ele e outras 18 testemunhas contaram o que sabiam sobre o crime. Este é o último passo antes da decisão sobre o réu ir ou não à júri popular.

A audiência de instrução foi conduzida pela juíza Thielly Dias de Alencar Pithan e Silva, da Vara Criminal de Amambai. Ela ouviu o depoimento das testemunhas e do réu e agora deve decidir se ele será ou não julgado pelo Tribunal do Júri.

Luis Fernandes foi denunciado por promotores do Ministério Público Estadual pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio, já que também atirou no genro de Lanzarini, além de posse e porte de arma. Ele está preso no Estabelecimento Penal de Amambai.

O crime - Na manhã do dia 24 de fevereiro, Fernandes descarregou o revólver na direção da caminhonete S10 ocupada por Dirceu Lanzarini e pelo genro dele, Kesley Aparecido Vieira Matricardi, 33.

Os crimes ocorreram na propriedade de Lanzarini. Fernandes trabalhava há dez anos na Fazenda Palmeiras e teria se desentendido com o patrão por causa dos valores de comissões sobre a lavoura. O político foi atingido na cabeça e morreu horas depois em Dourados. Kesley foi ferido no braço e de raspão no pescoço, mas sobreviveu.

Para o MPE, os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, tendo o Luís Fernandes agido repentinamente contra pessoas desarmadas, que estavam no interior do veículo.

O motivo dos crimes, segundo a denúncia, é fútil, porque ele agiu quando conversavam sobre trabalho referente ao plantio e outros serviços.

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