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Interior

Pistoleiro acusado de matar prefeito fica em presídio na capital paraguaia

Juiz decretou prisão preventiva de Ronny Ayala Benítez pela morte de José Carlos Acevedo

Helio de Freitas, de Dourados | 07/07/2022 09:40
Ronny Ayala Benítez foi preso segunda-feira na fronteira com a Argentina (Foto: Divulgação)
Ronny Ayala Benítez foi preso segunda-feira na fronteira com a Argentina (Foto: Divulgação)

A Justiça do Paraguai decretou a prisão preventiva do pistoleiro Ronny Ayala Benítez, 35, o “Alemão”, preso segunda-feira (4) por envolvimento no assassinato do prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, ocorrido em maio deste ano.

Além da prisão preventiva, o juiz penal de Garantias de Pedro Juan Caballero, Álvaro Rojas Almirón, determinou nesta quarta-feira (6) a transferência do bandido para a Penitenciária de Tacumbú, em Asunción.

Natural de Capitán Bado, “Alemão” foi preso terça-feira (5) em Encarnación, na fronteira com a Argentina, e levado de avião para a capital paraguaia. Segundo a Polícia Nacional, dos quatro pistoleiros envolvidos diretamente no atentado contra Acevedo, foi Ronny Ayala Benítez que puxou o gatilho. O prefeito morreu no dia 21 de maio, quatro dias após o ataque a tiros.

A Penitenciária de Tacumbú é conhecida pelos escândalos causados por regalias a bandidos famosos. Em 2016, o Ministério Público paraguaio descobriu que o traficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenez Pavão tinha construído cela vip dentro do presídio, com ar condicionado, sala de reuniões, cama king size, geladeira e banheiro privativo.

Ainda segundo a polícia paraguaia, “Alemão” é ligado à quadrilha de Jarvis Gimenez Pavão, atualmente recolhido na Penitenciária Federal de Brasília. Ronny também é alvo de mandado de prisão internacional expedido pela Justiça brasileira.

Ele foi preso em Encarnación na companhia do primo, Alejandro Ariel Ayala Otazú, 28, oriundo de Pedro Juan Caballero. Alejandro não é suspeito de participação no assassinato do prefeito pedrojuanino.

Conforme investigadores paraguaios, no domingo (3), os dois participaram da execução do narcotraficante Óscar Ramón Cardozo, o “King Kong”. O suboficial da Polícia Nacional Arnaldo Andrés Samudio Portillo, 29, é investigado por envolvimento na morte do traficante. Documento dele foi encontrado no carro usado por “Alemão” e Alejandro.

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