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Interior

Polícia faz operação para prender pistoleiros de Minotauro na fronteira

Promotor que chefia força-tarefa contra o crime organizado informou que 12 bandidos foram presos nesta manhã

Helio de Freitas, de Dourados | 07/02/2019 08:05
Policiais paraguaios em operação nesta manhã em Pedro Juan Caballero (Foto: Direto das Ruas)
Policiais paraguaios em operação nesta manhã em Pedro Juan Caballero (Foto: Direto das Ruas)

A polícia paraguaia faz neste momento uma mega operação em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. O alvo é a quadrilha do narcotraficante brasileiro Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, preso segunda-feira (4) em Balneário Camboriú (SC).

Ao Campo Grande News, o promotor de Justiça Hugo Volpe, que comanda a força-tarefa contra o narcotráfico na fronteira, disse que pelo menos 12 pistoleiros que trabalham para o bandido brasileiro estão presos. Com eles foram encontradas várias armas de grosso calibre.

Buscas estão sendo feitas em várias casas e depósitos na cidade paraguaia. Um dos locais em que os policiais estão é uma casa de alto padrão no bairro Defensores Del Chaco. Os mandados também estão sendo cumpridos no distrito de Sanja Pytã, vizinho de Sanga Puitã (MS), perto da BR-463.

Além de armas, os policiais apreenderam carros blindados que eram usados pelos sicários (pistoleiros) comandados por Minotauro.

Dezenas de execuções ocorridas nos últimos dois anos na fronteira são atribuídas à quadrilha dele, que operava na Linha Internacional em parceria com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

A polícia paraguaia afirma que Minotauro mandou executar a advogada Laura Casuso – morta em novembro em Pedro Juan Caballero. Era a principal defensora de Jarvis Gimenes Pavão, concorrente de Quintiliano Neto no mundo das drogas.

Outras vítimas da agência de pistoleiros a serviço de Minotauro foram o policial civil Wescley Dias Vasconcelos e o ex-vereador e empresário Francisco Gimenez, tio de Pavão. Os dois foram mortos em Ponta Porã em março de 2018 e janeiro deste ano, respectivamente.

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