Polícia investiga esquema milionário de contrabando em cargas de carne suína
Caminhão frigorífico que estava sendo carregado em indústria de Dourados levava R$ 10 milhões em celulares
RESUMO
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Polícia apreende R$ 10 milhões em celulares contrabandeados em caminhão frigorífico. A carga estava escondida entre paletes de carne suína e seria transportada de Dourados (MS) para Goiás. O motorista fugiu, mas já foi identificado. A apreensão ocorreu após funcionários de uma indústria na BR-163 suspeitarem de alterações na câmara fria do caminhão. A polícia investiga a atuação de organização criminosa que usa o mesmo esquema de transporte de drogas para contrabandear eletrônicos. Há suspeita de lavagem de dinheiro do tráfico.
Contrabandistas estão usando a mesma estratégia de traficantes de drogas para despachar carregamentos milionários de eletrônicos da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai para grandes centros brasileiros.
Na noite de segunda-feira (28), policiais da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) apreenderam pelo menos seis mil celulares escondidos em caminhão frigorífico que levaria carne suína de Dourados para Goiás. A carga foi avaliada em R$ 10 milhões (veja o vídeo acima).
O mesmo esquema é usado por organizações criminosas atuantes na linha internacional para despachar cargas de cocaína, como descobriu a Operação Akã, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2023.
A apreensão dos celulares ocorreu no momento em que o caminhão era carregado com carne suína processada, numa indústria localizada na BR-163, na saída para Campo Grande.
Ao Campo Grande News, o delegado Rafael de Souza Carvalho, chefe da Defron, informou que o motorista do caminhão que levaria os celulares contrabandeados não foi encontrado no momento da apreensão, mas foi identificado e será intimado para depor.
Os policiais da Defron foram chamados após funcionários da indústria identificar suspeita de alteração na câmara fria. No compartimento, foram localizadas 175 caixas entre os paletes de carne suína embutida. As caixas estavam lotadas de celulares sem documento fiscal.
O caminhão utilizado para o transporte foi apreendido e encaminhado à sede da Defron. A carga lícita de produtos alimentícios permaneceu na sede da empresa.
Conforme a Defron, as investigações apontam para a atuação de organização criminosa que utiliza veículos de transporte refrigerado para ocultar mercadorias ilícitas. A suspeita é de que os eletrônicos possam estar relacionados à lavagem de capitais oriundos do tráfico de drogas. As investigações continuam para identificar os integrantes do esquema.
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