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Interior

Policial que estuprou detenta em delegacia de Sidrolândia é afastado

Elbelsom de Oliveira violentou sexualmente a detenta na Sala Lilás da delegacia, no dia 12 de abril

Gabrielle Tavares | 21/04/2022 15:57
Sala Lilás da Delegacia de Sidrolândia, onde aconteceu segundo estupro. (Foto: Governo de MS/Divulgação)
Sala Lilás da Delegacia de Sidrolândia, onde aconteceu segundo estupro. (Foto: Governo de MS/Divulgação)

Policial Elbesom de Oliveira, 41, preso em flagrante por estuprar uma detenta de 28 anos em Sidrolândia, município a 70 km de Campo Grande, foi afastado compulsoriamente de suas funções pelo delegado corregedor-geral, Márcio Rogério Faria Custódio. A ordem foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado de quarta-feira (20).

Elbesom estuprou a mulher duas vezes, a primeira no dia em que ela foi presa, no dia 4 de abril, e a segunda no dia 12, na delegacia de Sidrolândia, na chamada Sala Lilás, criada para atender vítimas de violência de gênero.

A portaria estabelece que sejam recolhidas as armas de Elbesom, junto a carteira funcional e demais pertences do patrimônio público. As senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial também serão suspensos, assim como as férias e avaliações para possíveis promoções.

As medidas valem enquanto o policial permanecer preso e ainda ressalta que a Sejusp (Secretaria de Estado Justiça e Segurança Pública) vai administrar ação disciplinar ao policial, que cumpre a prisão provisória em Campo Grande.

No dia em que foi violentada pela primeira vez, a vítima não contou nada a ninguém, até que na noite do dia 12, o mesmo policial a estuprou novamente e os episódios foram descobertos.

Conforme registrado pela polícia, presos de outra cela ouviram a moça chorar muito durante a noite, logo depois de ter sido tirada da carceragem pelo investigador. Eles perguntaram o que havia acontecido e presa relatou que havia sido estuprada.

Os outros detentos decidiram então denunciar a situação. Contaram a outro policial que tinham um celular e pediram para chamar uma delegada Thais Duarte Miranda. Eles revelaram ainda que o celular foi dado por Elbesom como forma de “comprar o silêncio” das testemunhas.

Câmeras de segurança da delegacia foram verificadas e constataram que, no dia 12, o investigador retirou a mulher da cela por volta das 18h23 e retornou às 18h43. Comprovaram também o momento em que Elbesom entrega o aparelho celular aos detentos por volta das 19h30.

Após o ocorrido, o juiz Albino Coimbra Neto decidiu libertar a mulher de 28 anos, que agora, responde ao processo em liberdade. Ela foi presa no dia 4 de abril, flagrada com drogas em uma van que saiu da fronteira com destino a São Paulo (SP).

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