Políticos presos na Operação Cifra Negra conseguem liberdade
Vereadores Idenor Machado, Pedro Pepa e Cirilo Ramão e o ex-vereador Dirceu Longhi devem sair ainda hoje da PED

Os vereadores Idenor Machado (PSDB), Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB) e o ex-vereador Dirceu Longhi (PT), presos no dia 5 deste mês na Operação Cifra Negra, devem deixar ainda nesta segunda-feira (17) a penitenciária de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.
Nesta tarde, o desembargador Paschoal Carmello Leandro, presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), concedeu liminar ao pedido de habeas corpus impetrados pelos advogados de defesa.
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Ao Campo Grande News, os advogados Felipe Azuma, que defende Idenor e Dirceu, e Noemir Felipetto, defensor de Pedro Pepa e Cirilo Ramão, confirmaram que Paschoal assinou a liminar hoje e o alvará de soltura deve ser levado ainda nesta tarde à PED.
Azuma explicou que o habeas corpus é apenas para a liberdade de seus clientes e não interfere no afastamento deles dos mandatos, cujo andamento é na área cível. O afastamento foi determinado no dia 12, pelo juiz da 6ª Vara Cível de Dourados, José Domingues Filho.
Com a decisão do desembargador, cinco dos dez presos no dia 5 ficam em liberdade. O ex-funcionário da Câmara Alexandro de Oliveira de Souza foi solto na sexta-feira (14). Ele teria assinado um acordo de delação premiada para revelar o esquema de corrupção montado no Legislativo da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.
Amilton Salina, outro ex-servidor da Câmara, e os empresários campo-grandenses Denis da Maia, Jaison Coutinho, Karina Alves de Almeida e Franciele Aparecida Vasum continuam presos, ja que o desembargador não estendeu os efeitos da liminar para todos os acusados.
Indiciados fraude em licitação, corrupção ativa, peculato, corrupção passiva e organização criminosa junto com outros oito envolvidos, Idenor, Pepa e Cirilo Ramão são acusados de chefiar o esquema na Câmara de Dourados.
“Relatam os autos que os investigados fraudavam procedimentos licitatórios, impossibilitando a concorrência, uma vez que todas as empresas concorrentes no certame seriam de propriedade de Denis da Maia, o qual, segundo as investigações, efetuava pagamentos mensais para vereadores da Câmara Municipal de Dourados, como propina”, afirmou o desembargador Amaury da Silva Kuklinski, também do TJMS, ao manter o afastamento de Pepa e Cirilo Ramão, na semana passada.