Moradores denunciam infestação de escorpiões e insetos em condomínio da Capital
Apesar das reclamações, segundo os condôminos, o síndico não teria tomado providências efetivas
Moradores de um condomínio na Avenida João Garcia Carvalho, no Jardim Tiradentes, em Campo Grande, relatam uma infestação persistente de escorpiões, lacraias, aranhas, besouros que queimam e baratas de grande porte. Os animais aparecem tanto nas áreas comuns quanto dentro dos apartamentos.
RESUMO
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Moradores de um condomínio na Avenida João Garcia Carvalho, em Campo Grande, denunciam infestação de escorpiões, lacraias, aranhas e outros insetos nas áreas comuns e dentro dos apartamentos. O problema persiste desde junho, com maior incidência nas unidades térreas. Apesar das reclamações, o síndico não teria tomado providências efetivas. Os moradores recorreram a dedetizações individuais, sem sucesso, e pedem vistoria do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Uma moradora relatou ter encontrado três escorpiões em seu apartamento e um no hall do bloco.
Segundo os relatos, besouros e baratas têm invadido em grande quantidade o hall dos blocos. Moradores registraram fotos e vídeos que mostram a presença dos insetos. Apesar das reclamações recorrentes, o síndico não teria adotado nenhuma providência nem apresentado respostas formais aos moradores.
A situação é considerada mais grave para quem vive no térreo, onde há áreas com grama em frente e ao redor dos blocos. Esses moradores relatam maior exposição e risco de acidentes, especialmente com escorpiões.
Segundo os condôminos, sem ação coletiva por parte da administração, cada morador passou a contratar dedetização individual dentro do próprio apartamento. A medida, segundo eles, não resolve o problema, já que a infestação continua nas áreas comuns e externas.
Uma das moradoras, dona de casa, de 49 anos, afirma que o problema ocorre desde que se mudou para o condomínio, em junho. Em entrevista ao Campo Grande News, ela relatou que já encontrou três escorpiões dentro do apartamento e um no hall do bloco. “No condomínio, que tem seis blocos, já apareceram quase em todos. Sem contar na parte externa durante o dia”, disse.
De acordo com ela, o síndico informou que teria aplicado veneno em outubro, mas os moradores questionam a eficácia da medida. “Por que ainda aparece nos apartamentos, nas gramas e em outros locais?”, questionou.
Os moradores afirmam que o caso representa risco à saúde pública e defendem a necessidade de vistoria técnica e orientação do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), além de uma ação efetiva da administração do condomínio.
Denúncia de omissão da administração - Mensagens trocadas em grupos de moradores do condomínio revelam um cenário de preocupação crescente com a presença dos bichos em diferentes blocos, especialmente nas áreas comuns. Os relatos apontam tanto para o risco à saúde quanto para a ausência de respostas da administração.
Morador do bloco 3 afirma que passou a agir por conta própria após identificar a presença recorrente de escorpiões amarelos de pequeno porte durante o dia, além de baratas de grande tamanho. Segundo ele, a aplicação de veneno no entorno do prédio resultou em um pó branco visível no chão. “Eu cuido de mim e dos demais moradores do bloco 3”, escreveu, acrescentando que, sem ações individuais, os animais peçonhentos podem se tornar uma epidemia dentro do condomínio.

Há também manifestações contrárias às soluções individuais. Um condômino alerta que a dedetização isolada de apartamentos não resolve infestações de escorpiões e besouros e pode agravar a situação ao deslocar os animais para outras unidades. Ele defende uma ação coordenada nas áreas comuns, com identificação de focos e vistoria dos órgãos competentes.
Segundo o relato, a administração já foi informada, há registros em fotos e vídeos no grupo, mas até o momento não houve posicionamento do síndico. O morador ressalta que esse tipo de medida não depende de assembleia e afirma que, se a omissão persistir, os órgãos responsáveis serão acionados com base nos registros já existentes.
As reclamações não se restringem ao bloco 3. Uma moradora do bloco 1 relata a presença intensa de insetos semelhantes e diz não ter formalizado reclamação por entender que a infestação ocorre em toda a cidade, conforme noticiado pela imprensa. Ela cita inclusive a ocorrência em uma unidade hospitalar onde trabalha, o que relativiza a ideia de um problema localizado. Ainda assim, destaca que, no caso dos escorpiões, o risco é elevado e exige resposta mais efetiva.

De acordo com ela, acidentes podem ocorrer à noite, no escuro, com crianças, animais domésticos ou em objetos como calçados e brinquedos, ampliando a exposição dos moradores a situações de perigo.
Procurado pela reportagem, o síndico do condomínio não respondeu as mensagens até a publicação da matéria. O espaço segue aberto para posicionamento.
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