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Interior

Presidente da Câmara assume prefeitura após cassação de prefeito e vice

André Nezzi do PDT, assume interinamente a vaga até uma nova eleição.

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 19/09/2018 21:29
Com 1.219 votos, Nezzi foi o vereador mais bem votado nas eleições em 2016. (Foto: Divulgação)
Com 1.219 votos, Nezzi foi o vereador mais bem votado nas eleições em 2016. (Foto: Divulgação)

O presidente da Câmara de Caarapó, André Nezzi do PDT, deve assumir interinamente a prefeitura do município, depois que o atual prefeito da cidade, Mário Valério (PR) e seu vice Martim Flores (DEM), tiveram os seus mandatos cassados por irregularidades na campanha eleitoral.

O Campo Grande News apurou que uma sessão extraordinária está marcada para esta sexta-feira (21), no município, onde será declarada a vacância do cargo de prefeito e vice. Após a sessão o prefeito será notificado sobre o afastamento em definitivo do cargo.

Valério e Flores ainda tentam um último embargo para uma liminar no STF (Supremo Tribunal Federal), mas caso não consiga o beneficio, o presidente da Câmara assume a vaga já na próxima segunda-feira (24). À reportagem a defesa do prefeito comentou apenas que o caso ainda está "em fase recursal".

André Nezzi será prefeito interino do município até uma nova eleição extemporânea para prefeito e vice em data ainda a ser definida pela Justiça Eleitoral. Com 1.219 votos, ele foi o vereador mais bem votado nas eleições em 2016. O seu partido também participou da coligação que elegeu Mário Valério.

O caso

Eleito com 9.718 votos em outubro de 2016, Mário Valério teve seu registro cassado em dezembro de 2016 por compra de voto. O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) derrubou a decisão da juíza e livrou Mário Valério e Martim Flores da cassação.

O Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE que manteve a cassação. Entre as irregularidades atribuídas a Mário Valério está a distribuição de combustível para participação de uma carreata durante a campanha eleitoral.

Ele e o vice foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral por compra de votos, abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

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