Segurança diz que indígenas ameaçaram policiais com machados e facões
Em nota, Sejusp alega que PM “agiu dentro da lei” para impedir invasão de fazenda

A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) confirmou que policiais militares despejaram famílias indígenas de uma fazenda localizada na região de Porto Cambira, entre os municípios de Dourados e Caarapó, na região sul do estado.
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Em nota encaminhada pela assessoria de comunicação, a pasta comandada pelo delegado Antonio Carlos Videira informou que os indígenas apresentaram resistência e teriam ameaçado os policiais com facões e machados (leia abaixo a nota na íntegra).
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De manhã, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) acusou forças de segurança de atacarem os Guarani e Kaiowá e promover despejo ilegal (sem ordem judicial). Vídeo gravado pelos indígenas mostra correria e a fumaça das bombas (veja as imagens abaixo). A entidade afirmou que a ação teria sido promovida pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira), mas a informação foi desmentida pelo próprio órgão de segurança.
Localizada na margem do Rio Dourados, a propriedade faz parte Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá III, cujo processo de identificação está parado há 12 anos. A ocupação ocorreu no domingo (21). Segundo o Cimi, os indígenas estão cansados de esperar pela demarcação e de ver suas terras sendo usadas para enriquecer os “invasores”.
A Sejusp alega que a Polícia Militar atuou para atender ocorrência de tentativa de esbulho da propriedade rural e que atua “em estrito cumprimento da lei e de seu dever legal”.
Leia a nota na íntegra:
“Equipes da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (Força Tática e GETAM) foram acionadas nesta terça-feira (23) para atender ocorrência de tentativa de esbulho em uma propriedade rural próximo à MS 156, região sul do estado. No local, cerca de 30 indivíduos (indígenas) haviam montado um acampamento improvisado próximo à divisa da mesma. Policiais fizeram inúmeras tentativas de negociação para desocupação de forma pacífica, todavia, após ordem legal para tanto, parte do grupo apresentou resistência e ameaçou os agentes com armas brancas (machados e facões), sendo necessário emprego de força moderada e impacto controlado para contenção e salvaguarda dos agentes públicos. Material apreendido com grupo foi entregue à Polícia Civil para devidos trâmites e não foram efetuadas prisões, tampouco registrado feridos ou danos materiais relevantes. A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul reafirma seu compromisso em atuar de forma técnica, humana e responsável, sempre buscando a preservação da vida e da ordem, em estrito cumprimento da lei e de seu dever legal”.
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