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Interior

Sequestradores de adolescente que teve pele arrancada falavam português

Informação foi revelada à Polícia por testemunhas de onde paraguaio foi levado à força

Helio de Freitas, de Dourados | 28/07/2021 10:57
Policiais paraguaios no local onde corpo de adolescente foi encontrado (Foto: Marciano Candia)
Policiais paraguaios no local onde corpo de adolescente foi encontrado (Foto: Marciano Candia)

O adolescente paraguaio Derlis Alonso Cardozo, 17, encontrado morto na manhã de hoje (28) com as mãos decepadas e parte da pele do peito, do pescoço e do rosto arrancada, foi sequestrado na noite de ontem por bandidos que falavam português.

Segundo o comissário Jorge Vidallet, subchefe de investigações da Polícia Nacional, a informação foi revelada por pessoas da casa de onde o rapaz foi levado à força para ser assassinado.

A suspeita é que Derlis tenha sido mais uma vítima do grupo de extermínio autodenominado “justiceiros da fronteira”. A execução ocorreu em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.

Na noite desta terça-feira, Derlis estava na casa de uma amiga, no Jardim Aurora, quando homens armados e encapuzados chegaram e mandaram as outras pessoas do local se trancarem no banheiro. Quando saíram, as testemunhas não encontraram mais o rapaz.

Derlis era apontado como autor de furtos na linha internacional, mas a mãe dele, Gricelda Cardozo, disse que o filho trabalhava em uma oficina mecânica e não tinha ligação com crimes. Ela acredita que o rapaz tenha sido morto por engano.

O corpo mutilado foi encontrado no bairro Cidade Nova. Sobre o cadáver, foi deixado um bilhete com as frases “estamos de volta”, “vamos por todos, “é só o começo” e “morte aos ladrões”, escritas em espanhol.

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