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Interior

Todos os presos na operação da PF em Corumbá já estão em liberdade

Aline dos Santos | 02/06/2012 08:10

Ação investiga fraudes milionárias em licitações

Operação fechou prefeitura de Corumbá na última quinta-feira. (Foto: Anderson Gallo/Diário Online)
Operação fechou prefeitura de Corumbá na última quinta-feira. (Foto: Anderson Gallo/Diário Online)

Todos os presos na operação Decoada, realizada na última quinta-feira em Corumbá, já estão em liberdade. Ontem, a Justiça Federal revogou a prisão do secretário de Finanças e Administração, Daniel Martins Costa; do ex-diretor-presidente da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal, Rodolfo Assef Vieira; e do assessor especial do gabinete da prefeitura de Corumbá, Carlos Porto.

A prisão temporária era por 5 dias e venceria na segunda-feira. A servidora Camila Campos Carvalho Faro também foi presa, mas acabou sendo libertada ainda na quinta-feira.

De acordo com o Diário Online, apesar da liberdade, Porto e Daniel permanecem afastados das funções. Em escutas feitas pela polícia, há indícios de fraudes na Saúde e superfaturamento de shows do Carnaval 2012.

Na operação Decoada, a PF cumpriu mandados de buscas e apreensão na prefeitura, que ficou fechada, e no hospital de Corumbá, além da prefeitura de Ladário.

Ao todo, foram quatro mandados de prisão, 36 mandados de busca e apreensão e 28 de condução coercitiva. As investigações, que duraram mais de um ano, foram realizadas em conjunto pela Polícia Federal, MPF (Ministério Público Federal), CGU e MPE (Ministério Público Estadual).

A força-tarefa apontou a ocorrência de fraudes e direcionamentos em licitações, corrupção, desvio de recursos públicos e pagamentos de propina, com o envolvimento de servidores públicos municipais e empresários.

A operação foi batizada de Decoada em analogia ao fenômeno natural em que vegetação local entra em decomposição na seca, reduzindo o oxigênio da água. Como a corrupção, que asfixia a população.

Participam dos trabalhos cerca de 100 policiais federais, 16 servidores da CGU e quatro policiais da Força Nacional de Segurança Pública. Ontem, em entrevista coletiva, o prefeito Ruiter Cunha (PT), negou irregularidades.

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