Traficante da fronteira é levado de avião para presídio de segurança máxima
Filho de deputado morto, Alexandre Rodrigues Gomes agora também é investigado por assassinato de promotor
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Alexandre Rodrigues Gomes, traficante da fronteira e filho do deputado Eulalio Gomes, foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima de Emboscada, no Paraguai. A transferência ocorreu após a revelação de conversas em que ele manifestava desejo pela morte do promotor Marcelo Pecci, assassinado em 2022. A operação contou com forte esquema de segurança, incluindo grupos de elite da Polícia Nacional paraguaia e transporte aéreo pela Força Aérea. Alexandre é investigado por ligações com organizações criminosas e com o traficante Jarvis Gimenes Pavão, conhecido como "Barão da Droga".
Sob forte esquema de segurança, o traficante fronteiriço Alexandre Rodrigues Gomes foi transferido na tarde desta quinta-feira (9) para a Penitenciária de Segurança Máxima de Emboscada, no Paraguai.
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A operação envolveu grupos de elite da Polícia Nacional que escoltaram o preso até o aeroporto de Encarnación, onde Alexandre foi colocado num avião da Força Aérea paraguaia (veja o vídeo acima). Depois, foi levado de carro do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Luque, até Emboscada, na região metropolitana da capital Asunción.
Filho do deputado Eulalio Gomes, o “Lalo” – morto por policiais paraguaios em agosto de 2024, em Pedro Juan Caballero – Alexandre estava na Penitenciária Regional de Encarnación, mas foi transferido para o presídio considerado mais seguro do Paraguai após a revelação de conversas dele com um pistoleiro da fronteira desejando a morte do promotor de Justiça Marcelo Pecci.
Na época coordenador da força-tarefa contra o crime organizado no Paraguai, principalmente na fronteira com Mato Grosso do Sul, Marcelo Pecci foi morto por pistoleiros em maio de 2022 quando passava a lua de mel na praia de Barú, em Cartagena, na Colômbia.
Dezenove meses antes do assassinato, durante a troca de mensagens com o pistoleiro Anderson Ríos Vilhalva, o “Pepe”, Alexandre Gomes disse que já havia passado da hora do promotor ser morto.
Os diálogos foram extraídos do sistema Sky ECC pela Europol (Agência da União Europeia para a Cooperação Policial) e enviados há meses ao Ministério Público do Paraguai. Entretanto, até agora o traficante da fronteira não aparecia entre os suspeitos de mandar matar o promotor.
Com a divulgação das conversas nesta semana, o juiz especializado no combate ao crime organizado, Osmar David Legal Troche, determinou a transferência de Alexandre para o sistema de segurança máxima.
Segundo o Ministério Público do Paraguai, Alexandre e Lalo Gomes seriam integrantes de organizações criminosas formadas por grandes traficantes fronteiriços, entre eles Jarvis Gimenes Pavão, conhecido como “Barão da Droga” e atualmente custodiado na Penitenciária Federal de Brasília (DF).
Cópias das conversas criptografadas foram juntadas pelo Ministério Público às investigações contra Alexandre no âmbito da Operação Pavo Real II, que apura a ligação dos Gomes com o esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro comandado por Jarvis Pavão.
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