Trecho da Estrada Parque continua interditado e dificulta retirada de gado
O trânsito na MS-184, na rodovia conhecida como Estrada Parque, continua interrompido para veículos pesados desde o sábado (6) na altura do km 4. Na sexta-feira (5) fortes chuvas atingiram a região do Pantanal sul-mato-grossense e causaram estragos em uma ponte. O problema está impedindo a retirada de gado de áreas alagadas, de acordo com fazendeiros locais.
Segundo Luiz Anache, coordenador da Agesul (Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos) em Corumbá, cidade a 419 quilômetros de Campo Grande, as águas causaram problemas na cabeceira da ponte de madeira. Com isso, caminhões estão impedidos de passar pelo local. A expectativa é que seja feito reparo na estrutura ainda nesta semana.
Motivos - "Fizemos interdição do tráfego de pesados na sexta-feira (5). O problema está na cabeceira da ponte, mas, como não choveu na região desde a sexta-feira, vamos ver se conseguimos tirar material da cascalheira para recompor a cabeceira da ponte", explica Anache.
Ainda segundo o coordenador, o problema não é executar o serviço na ponte, mas, sim, conseguir material para realizar o aterro.
"O solo estava muito úmido e não conseguíamos entrar com máquina pesada na cascalheira para retirar material. Mas ainda hoje (10) vamos conseguir entrar na cascalheira para pegar aterro e cascalho para recuperar a ponte", detalha.
Mais longe - Com a interdição, caminhões estão desviando pelo Distrito de Albuquerque, acessando a MS-228. Isso aumenta em 100 quilômetros o trajeto até a BR-262.
De acordo com Anache, a situação prejudica produtores rurais que utilizam a MS-184 e passam pela ponte do km 4 para retirar gado. "O Pantanal está enchendo e os fazendeiros estão retirando os bois das áreas alagadas, mas agora a única opção que eles têm é a MS-228", finaliza.
Toda vez que chove, produtores rurais e empresários da região enfrentam graves problemas de tráfego. No entanto, a solução, tanto para a MS-184, quanto para a MS-228, só poderá ocorrer mediante autorização judicial.
Isso porque a Agesul fez auditoria na estrada e descobriu que uma empresa paga para executar obras na via não executou o serviço conforme o contrato. Além disso, a estrada virou alvo de investigação da Operação Lama Asfáltica. Com tudo isso, o MPE/MS (Ministério Público Estadual) passou a exigir que só poderá mexer na via quem tiver autorização judicial.