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Interior

Trio que planejava arrastão de caminhonetes é de Mato Grosso

Três homens acabaram presos após furto de veículo de luxo na madrugada deste sábado

Por Antonio Bispo e Helio de Freitas, de Dourados | 14/12/2024 16:25
Integrantes de quadrilha especializada no furto de caminhonetes (Foto: Leandro Holsbach)
Integrantes de quadrilha especializada no furto de caminhonetes (Foto: Leandro Holsbach)

Foram identificados como Kaio Felipe Rego Magalhães, de 28 anos, Jefferson Matos de Arruda, de 35, e Jefferson Rodrigo Ribeiro Campos, de 43, os integrantes do grupo que planejava realizar “arrastão de caminhonete” na cidade de Dourados. Todos são da cidade de Rondonópolis (MT) e acabaram presos na madrugada deste sábado (14), após perseguição pelas ruas e rodovia da cidade. Foi necessário uso de helicóptero com câmera infravermelho para localizar os autores em meio ao mato.

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Três homens, Kaio Felipe Rego Magalhães (28), Jefferson Matos de Arruda (35) e Jefferson Rodrigo Ribeiro Campos (43), de Rondonópolis (MT), foram presos em Dourados (MS) por planejarem um "arrastão de caminhonetes". Monitorados desde 10 de dezembro, após uma tentativa frustrada em Campo Grande, o grupo furtou uma caminhonete de luxo em Dourados e foi preso após perseguição policial, envolvendo helicóptero com câmera infravermelha. A quadrilha, ligada a uma facção criminosa do Rio de Janeiro, utilizava um equipamento de R$ 50 mil para clonar chaves de veículos, com a intenção de roubar mais caminhonetes na cidade para posterior venda em Ponta Porã e troca por drogas. Um dos envolvidos possuía mandado de prisão em aberto.

O delegado Erasmos Cubas relatou, durante coletiva de imprensa, que o grupo passou a ser monitorado desde o dia 10 de dezembro, quando tentou furtar uma caminhonete em Campo Grande, mas a ação acabou frustrada após trabalho de equipes do Batalhão de Choque da Capital.

Dois dias depois, já na cidade de Dourados, utilizaram o mesmo “modus operandi” e conseguiram êxito no furto de uma caminhonete de luxo. Com base nas informações, foi realizado trabalho conjunto com a inteligência da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para localizar os indivíduos.

Nessa sexta-feira (13), os investigadores descobriram que o veículo utilizado nos dois crimes anteriores estava na cidade de Dourados, e passaram a acompanhar a movimentação dos autores. O motorista buscou os dois comparsas em um motel da cidade e, a partir daí, passaram a rodar pelas ruas para mapear possíveis alvos.

Com um dos criminosos estava uma bolsa, onde havia o equipamento utilizado para codificar as chaves dos veículos e, assim, subtraí-los. Por volta das 2h da madrugada, os policiais perderam de vista o grupo, mas horas depois, descobriram que uma Toyota SW4 avaliada em quase R$ 250 mil havia sido furtada.

Dessa forma, realizaram dois bloqueios na rodovia, na tentativa de parar o grupo. Entretanto, na primeira barreira, o condutor conseguiu fugir pela rodovia e, no segundo bloqueio, atirou contra a viatura policial, ação essa que foi revidada.

Mais à frente, os homens abandonaram o veículo e correram em meio ao mato. Foi solicitado apoio da CGPA (Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo) do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), que utilizou helicóptero com câmera infravermelha e, assim, dois autores foram localizados e presos. O terceiro foi encontrado na cidade, dentro do carro utilizado para apoio nos crimes.

É uma quadrilha ligada à facção criminosa que atua no Rio de Janeiro, baseada no Mato Grosso. Eles furtam os veículos, descem até Ponta Porã, vendem os carros e alguns substituem por droga. Eles vieram para Dourados e estavam na intenção de levar mais três ou quatro caminhonetes pelo número de codificadores encontrados com eles”, afirmou o delegado.

Modus Operandi – Para realizar os furtos, a polícia explicou que o grupo atua de forma bastante coordenada. O aparelho utilizado na codificação das chaves custa em torno de R$ 50 mil e é preciso treinamento para manuseá-lo. Além disso, é difícil de ser encontrado no mercado clandestino.

“A chave de fenda era utilizada para abrir a caminhonete e, com o aparelho, codificam a chave para funcionar o carro como se tivesse com a chave original”, explicou.

Um dos envolvidos estava com mandado de prisão em aberto por roubo no Mato Grosso e, agora, deverão passar por audiência de custódia.


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