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Interior

Vítimas de chacina ostentavam joias, carros e festas nas redes sociais

Luana Rodrigues | 21/10/2015 12:25
Vítimas ostentavam vários objetos de ouro. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Vítimas ostentavam vários objetos de ouro. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Mohamed Youssef Neto, de 31 anos, residia em Minas Gerais. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Mohamed Youssef Neto, de 31 anos, residia em Minas Gerais. (Foto: Reprodução/ Facebook)

A ostentação demonstrada nas redes sociais de alguns dos cinco mortos na trágica chacina de Paranhos, não é motivo suficiente para confirmar que as vítimas eram envolvidas com o tráfico de drogas/ narcotráfico, muito menos que este suposto envolvimento seja o motivo para as mortes. A afirmação é da Polícia Civil, que investiga o caso.

A frente da investigação, o delegado da Polícia Civil Fabrício Dias dos Santos, afirma que ainda não há indícios de que a chacina seja resultado de uma guerra desencadeada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) para assumir o comando do tráfico de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, conforme divulgou na manhã de ontem(20) o jornal paraguaio ABC Color.

De acordo com o delegado, não existe nada que indique a ligação dos envolvidos com o tráfico de drogas, nem mesmo os bens que eles tinham e ostentavam na internet. "Estamos trabalhando com outra hipótese, mas preciso que entendam que não posso divulgar detalhes agora", explicou o delegado.

Ainda conforme Santos, dez pessoas relacionadas as vítimas já teriam sido ouvidas pela polícia, que também faz diligências em busca de provas e informações sobre as circunstâncias do crime. "Precisamos confirmar quantas pessoas atiraram, quais foram os carros usados, para depois partir para o próximo ponto", disse.

Ostentação - Em seu perfil no Facebook, Arnaldo Andres Alderete Peralta, 31 anos, aparece ao lado de um Camaro e depois em cima de uma motocicleta Yamaha, modelo R1. Em outra foto, onde também estão Denis Gustavo, 24, e Diego Zacarias Alderete Peralta, 26, as vítimas aparecem com correntes e relógios de ouro, além de latas e garrafas de cerveja.

As fotos de festas, regadas a bebida alcoólica também podem ser encontradas nos perfis das vítimas, mas segundo a polícia, nada que comprove o envolvimento das vítimas com questões ilícitas.

Comoção - Conforme informações apuradas pelo Campo Grande News, centenas de pessoas acompanharam o velório e em seguida o sepultamento de três, das cinco vítimas da chacina, que ocorreu em Paranhos.

O sepultamento de Bruno Vieira de Oliveira, de 26 anos, Rodrigo da Silva, 28, e Denis Gustavo,24 anos, ocorreu às 11h da manhã de hoje(21), no cemitério da cidade. O velório ocorreu no ginásio municipal. Já o corpo de Arnaldo Andres Alderete Peralta, 32 anos, foi levado para Ypejhú, cidade paraguaia; e o Mohamed Youssef Neto de 31 anos, para Minas Gerais, cidade onde ele morava.

Nas redes sociais, principalmente na página de Arnaldo Andres Alderete Peralta, muito amigos deixaram mensagens de homenagens escritas em portugês e espanhol. "No hay lágrimas suficientes para cubrir el vacío que dejas, es inmensa la pena, y desgarrador el dolor, me vas a hacer muchísima falta", escreveu uma jovem.

Em outra mensagem, um rapaz lamenta o ocorrido: "Queria dizer tantas coisas, mas a reação inesperada não deixa, resumidamente, queria deixar o meu forte abraço com um gostinho de saudade para esses meus amigos que já não estão mas entre a gente, e lhes dizer que o meu carinho e o sentimento de irmão fica guardado aqui no coração", escreveu.

Andres Alderete Peralta de 31 anos, aparece ao lado de um Camaro. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Andres Alderete Peralta de 31 anos, aparece ao lado de um Camaro. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Arnaldo Andres Alderete Peralta de 31 anos, com uma motocicleta Yamaha, modelo R1. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Arnaldo Andres Alderete Peralta de 31 anos, com uma motocicleta Yamaha, modelo R1. (Foto: Reprodução/ Facebook)
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