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Interior

Vizinha não para de alimentar gatos de rua, causa infestação e caso chega ao MP

Mau cheiro, fezes, urina por todos os lados e até animais mortos fazem parte de rotina de moradores

Por Lucia Morel | 20/06/2025 17:55

Moradores do bairro Ignês Andreazza, em Ponta Porã, a 313 Km de Campo Grande, fizeram um abaixo-assinado para tentar pôr fim à infestação de gatos em uma casa vazia. Para eles, o problema é uma das vizinhas, que não para de colocar ração nas calçadas e terrenos com acesso ao local, o que “chama” os felinos para lá. O caso foi parar no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que passou a verificar a atuação da prefeitura contra a proliferação de felinos em residência localizada no bairro.

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Moradores de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, denunciaram ao Ministério Público uma situação crítica envolvendo infestação de gatos em uma casa abandonada. O problema é atribuído a uma vizinha que alimenta constantemente os felinos, jogando ração nas calçadas e terrenos próximos.A situação tem causado transtornos significativos à vizinhança, incluindo danos estruturais às residências, problemas de saúde e prejuízos financeiros. O caso está sendo investigado pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca, que solicitou providências à Prefeitura Municipal no prazo de 15 dias.

“Na referida casa abandonada essa senhora joga ração para os gatos de rua, na calçada, tornando o ambiente imundo de fezes e com odor insuportável, além disso, ela joga ração por cima do muro desta casa, levando-os a se aglomerar, a se reproduzir e até morrer em seu interior, tornando o ambiente extremamente insalubre”, cita o abaixo-assinado, que serviu de denúncia ao MP.

Entre os relatos, há o de uma moradora que mora com a filha autista bem ao lado da residência infestada. Os gatos urinam nas paredes da casa dela, andam pelo telhado e até já morreram lá, além de terem derrubado o forro com o peso e caíram no meio da sala. Fora isso, a menina pegou aversão aos animais e fica apavorada quando os vê.

Outra moradora relata que perdeu a conta do que gastou para tentar evitar o acesso dos animais à sua casa: colocou cerca elétrica e precisa lavar o telhado de casa todos os meses. “Uma vez por mês, ela é obrigada a pagar para lavar o telhado de sua casa, pois, eles defecam e urinam em cima, deixando a sua residência com odor insuportável”.

Uma terceira vizinha diz nem poder abrir a janela de casa, que fica em frente ao local infestado, por causa do mau cheiro. Ela colocou grade nos portões e nos muros na tentativa de evitar que os gatos acessassem sua casa, mas foi em vão. “Além de todo esse transtorno, mesmo a lixeira sendo alta, eles pulam e rasgam os sacos de lixo, fazendo com que ela só possa colocar o lixo na lixeira depois de determinado horário da noite, caso contrário, ele amanhece todo revirado e espalhado pelo chão”.

E não para por aí. Proprietário de um imóvel para aluguel não consegue manter os inquilinos por causa do problema e outra vizinha, que também assinou o abaixo-assinado, diz estar piorando das crises alérgicas que sempre teve por causa da infestação. A escola e o posto de saúde do bairro, que ficam em ruas laterais, têm sido atingidos.

“Destaca-se que esses gatos perambulam pelas ruas do bairro, sem quaisquer cuidados, por isso, o fato de a ração ser jogada na rua para eles, talvez possa parecer uma “boa ação” em relação aos animais, mas na verdade, é uma ameaça à saúde deles e da coletividade, pelo fato de a ração ser colocada no chão sujo, inclusive com as próprias fezes deles, podendo levá-los a ser contaminados e, consequentemente, transmitir doenças aos humanos”.

Em atendimento à demanda, a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Ponta Porã, do promotor  Gabriel da Costa Rodrigues Alves, abriu procedimento administrativo e requereu à Prefeitura de Ponta Porã que informe sobre as providências adotadas no presente caso dentro de 15 dias.

Os nomes de todos os envolvidos foram omitidos a pedido.

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