Dólar sobe a R$ 5,52 após alta dos juros no Brasil e tensão entre Israel e Irã
Bolsa fecha em queda de 1,15%, aos 137.116 pontos, em dia de forte aversão ao risco
O dólar à vista subiu 0,45% e fechou cotado a R$ 5,52 nesta sexta-feira (20), após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a taxa Selic para 15% ao ano, maior patamar em quase 20 anos. A alta também reflete a tensão no Oriente Médio, com risco de agravamento do conflito entre Israel e Irã. No mesmo dia, a bolsa brasileira encerrou em queda de 1,15%, aos 137.116 pontos.
RESUMO
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Dólar fecha em alta, influenciado por juros e tensão internacional. A moeda americana subiu 0,45%, cotada a R$ 5,52, impulsionada pela elevação da Selic a 15% e pelo conflito entre Israel e Irã. A bolsa brasileira, por sua vez, caiu 1,15%, fechando aos 137.116 pontos. Banco Central brasileiro sinaliza manutenção dos juros elevados. Apesar da pausa no ciclo de altas, a autoridade monetária indica que as taxas devem permanecer altas por período prolongado, gerando cautela entre investidores. A tensão no Oriente Médio, com risco de agravamento do conflito entre Israel e Irã, e a possibilidade de bloqueio do Estreito de Ormuz, importante rota de petróleo, também contribuíram para a alta do dólar.
No acumulado da semana, o dólar recuou 0,32% e soma queda de 3,38% no mês. No ano, a desvalorização chega a 10,60%. Já o Ibovespa acumulou leve perda de 0,07% na semana, mas registra alta de 0,07% no mês e valorização de 13,99% no ano.
O BC (Banco Central) decidiu pausar o ciclo de altas, mas indicou que os juros devem permanecer elevados por um período prolongado, o que reforçou a cautela dos investidores. O comunicado também destacou a necessidade de observar os impactos da política monetária na economia.
Nos Estados Unidos, o Fed (Federal Reserve) manteve os juros na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, conforme já era esperado pelo mercado. A autoridade monetária americana reafirmou a previsão de dois cortes nas taxas até o fim de 2025, somando uma redução de 0,50 ponto percentual.
A preocupação com o conflito no Oriente Médio ganhou força após o presidente Donald Trump (Republicano) ameaçar um possível envolvimento militar dos Estados Unidos na guerra entre Israel e Irã. Trump declarou que tomará uma decisão nas próximas semanas, enquanto tenta negociar com o governo iraniano.
O risco de bloqueio no Estreito de Ormuz, rota estratégica para o transporte de petróleo, também pressiona os mercados. A possibilidade de interrupção no abastecimento global fez o preço do petróleo subir cerca de 10% desde o início da guerra. Em alguns momentos do dia, a alta chegou a ultrapassar 14%, mas perdeu força no fim do pregão.
O cenário externo também é afetado pela incerteza comercial, já que se aproxima o prazo para o fim da suspensão do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, que atinge mais de 180 países. O governo americano ainda busca fechar acordos com seus principais parceiros para evitar novos impactos na economia global.
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