Ministério avalia papel de vírus causador de diarreia em casos de microcefalia
Pesquisadores encontraram partículas do vírus da VDVB no tecido cerebral de portadores da malformação
Pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e do Ipesq (Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto) da Paraíba investigam se o vírus da diarreia viral bovina (VDVB) está associado ao zika vírus no desenvolvimento de malformações congênitas, em especial a microcefalia.
Em Mato Grosso do Sul, foram registrados quatro casos de microcefalia neste ano e outros dois ainda estão sendo investigados, mas nenhum dos seis registros tem comprovada a relação com o zika vírus. Até 25 de junho, no país eram 1.638 casos da má formação congênita no país.
O Ministério da Saúde acompanha o trabalho dos pesquisadores. Conforme a nota do órgão, no dia 20 de junho, pesquisadores informaram que, além de presença do zika, foram encontradas partículas do vírus da VDVB em amostras obtidas por necrópsia de tecido cerebral de fetos e recém-nascidos com microcefalia.
Contudo, segundo ministério, a presença de partículas ou fragmentos do VDVB nas amostras coletadas não significa a existência de vírus ativo, nem que essa espécie de vírus seja responsável pelas malformações. Há necessidade de mais exames.
A VDVB tem distribuição mundial e afeta predominantemente bovinos, podendo levar a manifestações clínicas entéricas, respiratórias, malformações, ou reprodutivas e fetais.