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Cidades

Negada nova reconstituição de atropelamento de militar

Redação | 18/03/2009 14:53

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul negou nesta manhã recurso do MPE (Ministério Público Estadual) pedindo nova reconstituição do crime cometido por Fagner Gonçalves, que arrastou por 15 quilômetros e matou o cabo do exército Leonardo Sales, no dia 7 de junho do ano passado.

O MPE ofereceu denúncia contra Fagner no dia 25 de junho de 2008, solicitando que ele seja submetido a júri popular, por homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar.

No entender da promotora Luciana do Amaral Rabelo Nagib Jorge, com o veículo F 4000 do patrão, Fagner atropelou o militar pela frente e não em marcha ré, como foi alegado pelo acusado.

Luciana aponta ainda que após um rodeio, realizado perto da casa do militar morto, no Jardim Lageado, Fagner arrancou com a caminhonete sobre o grupo de pessoas que estava com o militar.

Todos conseguiram escapar, porém, Leonardo não teria tido tempo de sair da frente da caminhonete e foi atropelado.

A perna do militar ficou presa ao eixo do veículo e Fagner Gonçalves só parou a caminhonete no Jardim Itamaracá, onde deixaria amigos que transportava.

O irmão de Gonçalves passou a persegui-lo para avisar sobre o acidente. Como não conseguiu, telefonou para o celular de um de seus amigos, que também estava na cabine, para pedir que parasse.

No entanto, o peão percorreu quase 6 quilômetros até resolver parar.

Segundo a denúncia, o peão não era habilitado para dirigir a caminhonete, estava com a carteira de motorista vencida e, ainda, não tinha autorização do proprietário do veículo para usá-lo, motivos que o levaram a não parar o veículo para tentar salvar Leonardo.

Para a promotora, tais fatores configuram motivo torpe, o que agrava o caso.

Luciana aponta ainda que Fagner Gonçalves cometeu o delito com requintes de crueldade, que causaram sofrimento "exacerbado e desnecessário" à vítima, pois, após atropelar Leonardo, o arrastou por 15 quilômetros.

A defesa de Fagner sustenta a tese de homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar.

Seu julgamento estava marcado para dia 7 de novembro do ano passado, mas a defesa conseguiu o adiamento.

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