Orçamento exclui reajuste e servidores mantêm greve no MPF
O orçamento que turbinou o Fundo Partidário e destinou R$ 2,7 bilhões para emendas de parlamentares novatos deixou de fora o reajuste para os servidores do MPU (Ministério Público da União), que estão em greve há mais de um mês em Mato Grosso do Sul.
“Todos os esforços barraram na falta de chancela, um acordo com o Executivo, que não liberou os recursos necessários”, afirma o analista Mário Cezar Pinheiro Machado Teixeira.
Os servidores cobravam reposição inflacionária dos últimos nove anos, em torno de 56%. Deixados de lado no Orçamento Geral da União, a categoria vai manter a greve e centra esforços para redução da jornada diária de sete para seis horas, além de reajuste do auxílio alimentação e creche. “Mitigaria em parte a ausência do reajuste”, afirma.
Os grevistas também querem aprovar lei prevendo o reajuste, para que o aumento entre no próximo orçamento. Na tarde de hoje, os servidores farão apitaço em frente ao MPF (Ministério Público Federal), na avenida Afonso Pena, em Campo Grande.
O MPU compreende o MPF, MPT (Ministério Público Militar) e MPM (Ministério Público Militar). Com a greve, são feitos apenas atendimentos considerados essenciais e de urgência, como análise de prisões e pedidos de liminares.