Para maioria, protestos nas estradas trouxeram mais perda do que ganho
Paralisação dos caminhoneiros resultaram em mais prejuízos do que o esperado, aponta levantamento divulgado hoje.
Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (11) revela que a maioria dos brasileiros avalia de forma negativa as consequências da paralisação dos caminhoneiros. Para 69% dos entrevistados, os protestos trouxeram menos benefícios e mais prejuízos, como aumento no preço dos combustíveis e do gás de cozinha.
O levantamento foi realizado nos dias 6 e 7 de junho, pelo instituto Datafolha. Foi questionado quanto aos resultados após o fim da paralisação., que durou onze dias. A maior parte, 69%, analisa como mais prejuízos do que benefícios. Apenas 20% apontou o inverso, afirmando terem visto mais ganhos do que perdas.
Na última pesquisa, realizada no dia 29 de maio, por telefone , a mesma pergunta feita indicou que 56% diziam que a paralisação deveria continuar., apesar de serem contrários ao pagamento da conta da redução do diesel. À época, quando perguntados sobre a aprovação do movimento, 87% eram favoráveis.
Com margem de erro de dois pontos percentuais, a pesquisa também avaliou o grau de satisfação em relação à atual política de reajuste de combustíveis adotada pela Petrobras, que atrela os valores à variação do mercado internacional do petróleo e à cotação do dólar.
Do total, 68% da população é contrária à atual política. Somente 26% dos ouvidos acham que o governo deve manter a atual postura, de deixar a Petrobras livre para definir o preço dos seus produtos e buscar lucros – mesmo que isso represente prejuízo.
Quanto à atual situação econômica do País, 38% acredita que deve ficar como está e outros 32% que vai ficar ainda pior. Em abril, os “pessimistas” representavam menor número: 26%.
De abril até junho, permaneceu estável a parcela que acha que a inflação deve permanecer igual, ou melhorar. A inflação do mês passado mostra que o índice ter subido nos últimos dois meses, ainda está em 2,86% no acumulado dos últimos 12 meses – aquém do esperado, considerando a meta para 2018 de 3% a 6%.