Paralisação dos servidores do MPF deve se arrastar por mais 10 dias
Em apoio a mobilização nacional da categoria pela recomposição inflacionaria dos salários, a paralisação dos servidores da Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul, deve se arrastar por mais dez dias. Nesta sexta-feira (13) a paralisação completou uma semana com adesão progressiva das 120 unidades das 180 no país todo.
Em Mato Grosso do Sul, além da Capital, Campo Grande, onde os servidores do MPF (Ministério Público Federal) e MPT (Ministério Público do Trabalho) aderiram a paralisação, houve a adesão em mais três municípios: Três Lagoas, Naviraí e Dourados.
Conforme o analista do MPU (Ministério Público da União), Mário Cezar Pinheiro Machado Teixeira, a previsão é de que a greve seja mantida até o dia 24 deste mês, mantendo, conforme a lei, atividades essenciais com percentual de 30 % do efetivo.
Segundo ele, o Sinasempu (Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União), se reuniu com o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, para discutir a reivindicação da categoria quanto ao reajuste salarial. Conforme passado à categoria, Janot busca negociar com o Poder Executivo e Ministério do Planejamento quanto a aprovação da lei, no entanto não há nada de concreto.
O analista ressalta que existem três projetos em tramitação apresentados em 2009, 2011 e 2014, no entanto, até agora, nenhum foi aprovado.
Segundo ele, em agosto houve uma sinalização de que haveria a aprovação, mas não foi concretizada.
Mário Cézar reitera dizendo que é de suma importância a valorização dos servidores, tendo em vista que o MPF é a instituição responsável por investigações importantes, tais como, o “mensalão”, e agora mais recente junto a Polícia Federal na “Operação Lava-Jato”, onde já houveram diversas prisões. “Nós servidores somos a força de trabalho e qualidade”, finalizou.