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Cidades

Piscinões vão acabar com enchentes no córrego Prosa

Redação | 20/04/2010 12:35

Com a desapropriação de 6 hectares no entorno do Shopping Campo Grande, a prefeitura da Capital vai construir piscinões para pôr fim ao problema de enchentes no córrego Prosa. Localizada em bairro nobre, as áreas estão avaliadas em mais de R$ 60 milhões no mercado imobiliário.

De acordo com o procurador-geral do município, Ernesto Borges Neto, a obra vai conter a velocidade e a vazão da água que chega do córrego Sóter ao Prosa.

A parada estratégica da enxurrada nas zonas de amortecimento, que foram especificadas na primeira etapa do plano diretor de drenagem, vai evitar cenários como o de 27 de fevereiro, quando um temporal retalhou a avenida Ricardo Brandão e levou parte do muro do condomínio Cachoeirinha, ambos localizados às margens do Prosa.

"O plano de drenagem foi feito com a assessoria do professor Carlos Tucci, maior autoridade sobre o tema no país e consultor da ONU [Organização das Nações Unidas]", salienta o procurador. Carlos Tucci é diretor da Rhama Consultoria, Pesquisa e Treinamento Ambiental, que participa do consórcio de empresas que elaborou o plano diretor de drenagem de Campo Grande.

Borges explica que o decreto de desapropriação, publicado ontem no Diário Oficial do município, é válido por cinco anos. Dentro deste prazo, a prefeitura definirá o projeto da obra, fará avaliação do valor a ser pago como indenização aos proprietários das áreas declaradas de utilidade pública, e posteriormente, depositará o valor em juízo.

"Então, se firma um termo de composição amigável e acabou". Num outro cenário, caso o dono da área não concorde com o valor, o total da indenização será discutido na justiça. Os terrenos desapropriados estão localizados na região da Afonso Pena, Via Parque e Paulo Coelho Machado. A desapropriação é válida para espaços que ainda não tenham imóvel construído de forma definitiva.

O procurador salienta que a desapropriação foi feita porque o projeto exige obras, portanto, a prefeitura precisa ter a posse do terreno para concretizar as intervenções. Borges afirma que novas áreas serão desapropriadas para funcionar como zonas de amortecimento da água, mas não especificou em qual região da cidade.

Piscininha - De acordo com Ernesto Borges, o número de piscinões ainda não foi definido. Ele lembra que os piscinões foram adotados com sucesso em São Paulo para conter as grandes enxurradas. Na Capital, há um piscinão atrás do Shopping Campo Grande, que reduz a velocidade da água e evita alagamentos no estacionamento do centro comercial. "Perto dos que ainda serão feitos, aquele lá será piscininha", compara.

Os piscinões deverão ser subterrâneos, sendo a área de superfície utilizada como área pública.

Solução

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