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Cidades

Puccinelli diz que mega operação da PF “só vai atrapalhar quem deve”

Edivaldo Bitencourt e Michel Faustino | 03/08/2015 15:55
André falou sobre a investigação da Polícia Federal e CGU (Foto: Michel Faustino)
André falou sobre a investigação da Polícia Federal e CGU (Foto: Michel Faustino)

O ex-governador André Puccinelli (PMDB) afirmou, na tarde desta segunda-feira (3), que a Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal e outros órgãos de fiscalização, não vai lhe causar prejuízos políticos. “Só vai atrapalhar quem deve”, destacou, ao deixar a reunião do diretório do PMDB, em Campo Grande.

Conforme a mega operação da PF, junto com a CGU (Controladoria Geral da União), Receita Federal e MPF (Ministério Público Federal), quatro obras executadas pelo Governo estadual tiveram irregularidades, como direcionamento na licitação para beneficiar a Proteco e superfaturamento de R$ 11 milhões.

Entre as obras irregulares, conforme a investigação, estão as obras de pavimentação das rodovias MS-040, entre Campo Grande e Santa Rita do Pardo, e a MS-430, entre São Gabriel do Oeste e Rio Negro. O ex-governador defendeu o valor pago pelas duas obras. “Não houve superfaturamento, não custou além do valor (justo)”, destacou.

O ex-governador criticou a CGU, um dos quatro órgãos responsáveis pela Operação Lama Asfáltica. “A CGU não tem competência para administrar, porque não é verba federal e, no caso de empréstimo, há jurisprudência”, criticou, rebatendo a tese da investigação, de que o financiamento do BNDES é verba federal e pode ser investigada pelos quatro órgãos federais.

Puccinelli rebateu a denúncia de que a Egelte foi afastada da obra do Aquário do Pantanal, que custará R$ 230 milhões aos cofres públicos, para contemplar a Proteco, do empresário João Alberto Krampe Amorim. “A Egelte foi notificada inúmeras vezes pelo atraso na obra, outras empresas foram chamadas e se recusaram, só a Proteco aceitou”, disse, sobre o fato da empresa de Amorim ter assumido a obra.

No mês passado, o MPF recomendou o afastamento da Proteco da obra do Aquário em decorrência da suposta irregularidade. De acordo com o órgão, a obra teve o mesmo modus operandi de Amorim, que era forçar o afastamento de quem venceu a licitação para abocanhar o projeto.

O peemedebista também defendeu os quatro servidores afastados da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). Ele acredita que eles não cometeram nada de errado. No entanto, André defende que a investigação continue para descobrir se houve algo de errado. “Pode ter ocorrido coisa errada, mas não acredito”, frisou.

Puccinelli também comentou sobre a investigação feita pela PF. Ele destacou que o juiz federal Dalton Kita Conrado, da 5ª Vara Federal Criminal de Campo Grande, destacou na liminar, em que autorizou os mandados de busca e apreensão, não ter qualquer indício contra o ex-governador.

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