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Cidades

Sequestador de avião volta para regime fechado após erro judicial

Marta Ferreira | 10/12/2010 14:25

Gerson Palermo, também condenado por tráfico, tem 45 anos a cumprir

Gerson Palermo, condenado por sequestro de avião, tráfico e roubo, foi reconduzido ao regime fechado
Gerson Palermo, condenado por sequestro de avião, tráfico e roubo, foi reconduzido ao regime fechado

Um criminoso condenado por tráfico de drogas, associação ao tráfico, roubo, formação de quadrilha e sequestro de aeronave foi colocado em liberdade no mês passado graças a um erro judicial. O preso em questão é Gerson Palermo, 53 anos, tido, ainda, como uma das lideranças em Mato Grosso do Sul da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Apesar de ter quatro condenações, que juntas somam 66 anos e 9 meses prisão, uma decisão judicial de outubro permitiu que ele deixasse o Instituto Penal de Campo Grande e fosse para o complexo penitenciário da Gameleira.

No dia 29 de novembro, porém, veio uma nova decisão, determinando que ele voltasse ao regime fechado. O Campo Grande News apurou que Palermo foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima.

No despacho determinando o retorno de Palermo ao regime fechado, o juiz substituto da Primeira Vara de Execução Penal Albino Coimbra Neto afirma que uma nova condenação contra o criminoso deixou de ser considerada quando foi deferida progressão de regime, concedida pelo magistrado Alexandre Antunes.

“O sentenciado cumpriu até a presente data (29/11/2010), incluindo as remições, o total de 21 anos e 11 dias de reclusão, logo, já com a somatória da nova condenação, resta o total de 45 (quarenta e cinco) anos, 8 meses e 19 (dezenove) dias de pena a ser cumprida”, informa o magistrado.

Coimbra Neto prossegue dizendo que com nova condenação, a legislação exige que o regime inicial seja fechado, regra que vale para penas acima de 8 anos.

Criminoso profissional-Antes dessa decisão, no dia 25 de novembro, o magistrado havia solicitado a realização de exame criminológico em Gerson Palermo, a pedido da promotora Bianka Karina Barros da Costa.

O exame, marcado para 31 de janeiro do ano que vem, tem o objetivo de verificar se o “apenado ainda possui a personalidade de um criminoso; se ainda apresenta periculosidade para a sociedade; eventual arrependimento; bem como se há a possibilidade de voltar a delinqüir”.

Ao determinar a realização do exame psiquiátrico, o juiz diz que o histórico de Palermo o transformou em um “profissional do crime”. O magistrado destaca, ainda, que as condenações de Palermo são por crimes hediondos.

Em 2000, Palermo participou do sequestro de um avião da Vasp, quando foram roubados R$ 5 milhões que estavam em malotes do Banco do Brasil.

No ano de 2007, quando estava cumprindo pena no regime semiaberto, voltou a ser preso pela Polícia Federal, em Campo Grande, com uma carga de 1 tonelada de maconha.

Em 2006, antes de ir para o semiaberto, foi considerado um dos líderes da rebelião promovida pelo PCC no dia das mães, e depois acabou inocentado.

Palermo foi transferido para Campo Grande em 2005, vindo da penitenciária de Piraquara, em São Paulo.

A defesa dele já recorreu contra a decisão que o mandou para o regime fechado. Um pedido de habeas corpus aguarda julgamento no Tribunal de Justiça.

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