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Cidades

Vacina contra dengue não chegará aos postos de saúde da Capital

Secretaria municipal diz que depende do Ministério da Saúde, ainda sem planos de comprar e distribuir à rede pública

Chloé Pinheiro | 26/07/2016 09:45
Larvas do mosquito que transmite a dengue, que vive período de poucos casos no estado. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Larvas do mosquito que transmite a dengue, que vive período de poucos casos no estado. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

A vacina contra a dengue, que teve seu preço anunciado na segunda-feira (25) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), deve demorar para chegar nos postos de saúde de Campo Grande, ficando, ao menos por enquanto, restrita à rede particular. Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), não há previsão para disponibilizar doses à população, mas em breve estudos devem ser encomendados sobre a viabilidade da compra.

O secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, foi procurado por telefone, nesta manhã, para falar sobre o assunto, mas não atendeu às ligações. A assessoria de imprensa da Sesau explica que há casos em que é o Ministério da Saúde faz a transação e repassa as doses aos municípios, como a vacina para a gripe H1N1. O Governo Federal já anunciou que não prevê distribuir à rede pública.

O preço divulgado ontem pela Anvisa, considerando a carga tributária, fica estabelecido em R$ 132,76 no Estado. Mas, esse é o valor "de fábrica", ou seja, no bolso do consumidor a carga deve ser um pouco mais pesada.

Uma clínica particular da cidade já anunciou que irá comercializar a partir de agosto as doses do imunizante. No entanto, ainda negocia a compra e, consequentemente, o custo ao consumidor.

O Governo do Paraná foi o único, até o momento, a se pronunciar e anunciar a compra de 500 mil doses, que começarão a ser aplicadas no mês que vem. Segundo o Executivo paranaense, R$ 25 milhões estão destinados para a aquisição.

Avanços - Há ainda outras técnicas sendo estudados para prevenir que a epidemia da dengue apareça novamente, como uma vacina brasileira desenvolvida pelo Instituto Butantan, que entrou ontem em fase de testes em humanos em Fortaleza.

Nessa etapa, mais de 17 mil voluntários de todo o país receberão a injeção, que, espera-se, terá 80% de eficácia na prevenção da doença. Em fase final de pesquisa, o produto deve demorar alguns anos para chegar aos hospitais brasileiros.

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