O guerreiro é uma guerreira. O maior estrategista viking
Para quem é fã da masculinidade extrema, os vikings são os campeões dessa modalidade “esportiva”. No imaginário, aparecem como homens altos como armários e largos como portas, com barbas vermelhas e elmos metálicos com chifres, que viajam em barcos com proa de dragão, semeando o medo e o terror, e comumente arrebentam o crânio de outros povos com seus machados para dar-lhes bom dia. É um equivoco. Esse povo nórdico só guardava uma grande diferença dos demais de seu tempo: eram os maiores escravocratas, sujeitavam os demais para ganhar dinheiro.
As tumbas de Birka.
Em 2017, a Universidade de Estocolmo estudou o achado espetacular de mais de mil tumbas vikings na ilha de Björkö, em frente da capital sueca. Delas, só 75 tinham armas, o que demonstra que bem poucos eram guerreiros. Também encontraram enterrados dois cavalos, um deles com sela, artefato raríssimo. O achado era espetacular pois Birka é considerada a primeira cidade da Suécia. Era o maior porto da Europa entre os séculos VIII e XI.
Ele era ela. O maioral era uma mulher.
A tumba “Bj.581”, dentre as mais de mil, se tornou famosa inicialmente por sua fantástica riqueza em armas. Além de ser a maior, tinha numerosas armas e pertenciam, com certeza, ao mais importante homem viking de todos os tempos. Mas não era assim. Após inúmeros testes, ficou comprovado que o guerreiro era uma guerreira. Foi uma bomba. E, para obter ainda mais manchetes, ela era uma estrategista. Encontraram em sua sepultura um jogo de mesa, chamado “Hnefatafl”, exclusivo dos maiores estrategistas.
As mulheres vikings iam à guerra.
Ao contrário das demais mulheres medievais, as mulheres vikings não eram meras donas de casa. Recebiam treinamento militar igual aos homens. Mulheres e homens não se dividiam em tarefas exclusivas naquela sociedade. Todos podiam cuidar dos filhos e do lar, assim como iam à guerra para caçar escravos.
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