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Em Pauta

O novo milho transgênico que reduzirá a fome no mundo

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/06/2016 09:29
O novo milho transgênico que reduzirá a fome no mundo

Quase três milhões de pessoas acabam de morrer de fome só no Zimbabue, um país africano açoitado por uma seca histórica. Seu eterno ditador, Robert Mugabe, de 92 anos praticando assassinatos e torturas, não permite a entrada no país de milho transgênico doado.

O Greenpeace e o Amigos da Terra, duas das maiores entidades ambientalistas, continuam suas campanhas contra os alimentos transgênicos. No outro lado, a Academia de Ciências dos Estados Unidos, acaba de se posicionar, afirma que após 30 anos de uso, não encontraram nenhuma prova de que os alimentos modificados geneticamente tenham algum impacto negativo na saúde.

Segundo o jornal El País, o cientista espanhol Luis Manuel Rubio, recebeu, neste mês, US$ 5 milhões da Fundação Bill e Melinda Gates para uma pesquisa que visa obter milho e arroz transgênico que não necessitem receber fertilizantes nitrogenados industrializados.

O nitrogênio é a gasolina da agricultura moderna. Sem os fertilizantes, a agricultura produz muito pouco.

Quase 200 milhões de quilos de fertilizantes nitrogenados são esparramados na agricultura a cada ano no mundo para aumentar as colheitas. E eles são caros. Para nós, caríssimos, por causa do cambio. Esses fertilizantes, junto com os praguicidas, foram os protagonistas, a partir de 1960, da denominada "revolução verde".

Uma revolução, que contou com um esforço internacional, para disparar a produtividade agrícola que conseguiu alimentar milhões de famintos no mundo. Seu líder, o agrônomo norte-americano Norman Borlaug, salvou mais vidas que qualquer outra pessoa em toda a história da humanidade. Por preconceito, Borlaug não foi conhecido e nem reconhecido. Ele trabalhou com e para fazendeiros. E fazendeiros são mal vistos em Campo Grande e em quase todos os países.

Todavia, a "revolução verde" cobrou um preço alto. O abuso na utilização dos fertilizantes nitrogenados está contaminando os rios e lagos. Também seu preço elevado o torna proibitivo para os pequenos agricultores da América Latina, África e Ásia. É ai que entra Luis Manuel Rubio. 

Ele está pesquisando plantas transgênicas que fixarão grandes quantidades de nitrogênio da atmosfera, eliminando totalmente a necessidade de aquisição dos fertilizantes nitrogenados industrializados. E mais, caso tenha êxito, as suas sementes serão gratuitas. Ele diz que, no máximo, custarão o preço de produção (de custo). Elas poderão duplicar a produção de um agricultor sem recursos. Caso consiga, Rubio será o sucessor de Borlaug.

O novo milho transgênico que reduzirá a fome no mundo

Estudo das Freiras. A perda de memória não faz parte do envelhecimento.

O Brasil não tem uma cultura de respeito aos mais velhos. Ouvimos todo tipo de histórias de pessoas que não tem como cuidar do seu parente idoso, irmãos e filhos que não se envolvem, problemas financeiros e queixas de planos de saúde.

A demência do idoso é um dos males mais importantes de nossa era. E atingirá um número ainda maior de pessoas. Hoje, a demência em idosos atinge mais de um milhão de brasileiros, em alguns anos chegará a mais de 2,5 milhões. O Alzheimer é o maior protagonista com 60% dos casos.

É preciso treinar os profissionais da área de saúde para suspeitar da doença e, principalmente, esclarecer a população que a perda de memória não faz parte do processo normal de envelhecimento.

São necessários estímulos novos que visem contribuir para a capacidade natural que o cérebro tem para criar conexões alternativas entre os neurônios, algo que compensa, ao menos em parte, a perda de células nervosas devido ao Alzheimer.

É bem conhecido o denominado "Estudo das Freiras". Uma série de pesquisas realizadas por um grupo da Universidade de Minnesota (EUA). Comprovaram que freiras com menor versatilidade linguística desenvolveram Alzheimer mais precocemente que aquelas que liam mais e, ao morrerem, possuíam igual volume de placas de proteína beta-amiloide, causa principal do Alzheimer, mas sem apresentar os sintomas característicos da doença (alterações da personalidade e de comportamento, agressividade, desorientação, incapacidade de se comunicar, de reconhecer pessoas e perda de memória e autonomia).

O novo milho transgênico que reduzirá a fome no mundo

A proteção do cérebro para não ter Alzheimer.

Os especialistas defendem que atividades que exigem esforço mental durante toda a vida e mesmo após os 70 anos, protegem o cérebro e atrasam a manifestação dos sintomas característicos do Alzheimer.

Os idosos com mais baixa escolaridade tem uma desvantagem em relação àqueles com mais estudo, hábitos de leitura e vida social. Leitura é essencial, quanto mais complexa melhor, bem como alimentação correta, boas noites de sono, atividade física e laços sociais. Esse conjunto de proteções melhoram o fluxo sanguíneo cerebral e favorecem a formação de novas conexões entre os neurônios.

O novo milho transgênico que reduzirá a fome no mundo

Impacto econômico do Alzheimer na família do idoso.

Um dos maiores problemas de uma família que tem um idoso com Alzheimer é o impacto econômico que passa a sofrer. Os custos são divididos em três categorias: custos diretos (serviços de saúde em geral ), custos sociais (pagamento de cuidadores e com casas de assistência) e há ainda, os custos denominados "informais" - a parcela de contribuição não monetária de dedicação de familiares, amigos e vizinhos, estimada em hora de apoio, muitas vezes roubadas do trabalho, com o acompanhamento do cotidiano dos doentes.


No Brasil, o Alzheimer é um problema tão ou mais sério porque a população está envelhecendo sem ter se preparado para amparar os idosos. Em artigo na revista "Dementia", a partir de uma amostra atendida no Hospital das Clínicas (SP), calcularam que somente os custos informais (horas de dedicação) resultantes da prestação de cuidados variaram de US$13.468 a US$19.736 por pessoa por ano, dependendo da gravidade da demência. Esse dado é vital.

O país dispõe de pouca estrutura de atendimento como casas de apoio e as dificuldades acabam recaindo sobre os familiares, geralmente filhas e cônjuges. Quem vive com salário mínimo não tem condições de pagar uma cuidadora e acaba deixando de trabalhar ou cai no mercado informal. Outro agravante é a obtenção de diagnostico.

Apenas 15% daqueles que tem Alzheimer tem acompanhamento medico no país e utilizam os medicamentos do SUS.

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