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Finanças & Investimentos

Dicas para renegociar dívida no cartão de crédito

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 18/04/2016 08:45

É raro encontrar uma pessoa que não tenha, pelo menos, um cartão de crédito na carteira, pois ele torna o pagamento mais fácil, seguro e cômodo. Uma pesquisa divulgada pela PwC no início de março deste ano mostrou que 78,5% dos brasileiros afirmaram que o cartão de crédito é a opção de pagamento mais usada, ficando à frente do dinheiro e do cartão de débito. Mas o cuidado com o pagamento das faturas deve ser redobrado, uma vez que os juros podem chegar a 439,5% % ao ano. Porém, se houve algum imprevisto e você não tenha conseguido pagar uma fatura, pode surgir a dúvida de como resolver o problema.

Para isso, reunimos dicas importantes para a renegociação da dívida. A primeira? Não tenha vergonha ou medo de procurar seu credor: ele tem tanto interesse no pagamento tanto quanto você.“O diálogo é a base de todo o tipo de relacionamento, seja ele pessoal, profissional ou comercial. As administradoras não têm interesse em perder o cliente, assim como ele também não tem interesse em ficar sem um serviço que pode auxiliá-lo quando precisar. Portanto, para que a dívida não vire uma bola de neve, e o consumidor continue tendo dor de cabeça, o mais indicado é procurar a administradora do cartão para renegociá-la”, aconselha o diretor de Marketing e Relacionamento da Sorocred, Wilson Justo.

1. Coloque as contas no papel: Nesse momento, é muito importante que você tenha certeza de todo o dinheiro que dispõe: quanto ganha com descontos, quanto somam outras contas e, por fim, quanto tem disponível para o pagamento desta dívida. Afinal, para começar uma negociação, é necessário saber qual sua base e seu teto.

2. Busque renegociar pessoalmente: Se possível, fuja do telefone e busque renegociar a dívida pessoalmente. “Se você só ligar, provavelmente encontrará um atendente que insistirá no pagamento do valor mínimo da fatura, o que é um suicídio financeiro, porque, dessa forma, estará alimentando um monstro que não tem como parar. O ideal é procurar a administradora do cartão ou falar com um gerente de pessoa física do seu banco”, diz Dori Boucault, consultor financeiro especialista em direitos do consumidor.De acordo com o consultor, atendentes telefônicos são menos flexíveis para a renegociação, insistindo em valores “astronômicos”.

3. Exija o Custo Efetivo Total (CET) da dívida do cartão: É seu direito pedir o chamado Custo Efetivo Total da dívida, que te deixará ciente do valor que realmente será cobrado: o total com juros, encargos, taxas e impostos. Dessa maneira, você não corre o risco de se iludir e aceitar uma oferta que não conseguirá pagar (que parecerá menor do que é).

4. Só aceite uma proposta que seja viável: Caso contrário, mesmo que você consiga pagar uma ou duas parcelas, pode encontrar dificuldade mãos a frente e cair em outra dívida, que será ainda pior.

5. Não está satisfeito com a negociação? Continue-a: Lembre-se que ambas as partes – você e a administradora – têm interesse em resolver o impasse da dívida. Assim, vale a pena investir no diálogo e continuar a negociação até que ela seja interessante a você.

6. Chegou a um acordo? Exija parcelas fixas: Se você chegou num ponto de entendimento com a administradora, feche o acordo com um documento em que conste, de maneira muito clara, que o pagamento será feito com parcelas fixas – o que te garante a fugir de parcelas que aumentem ao longo do tempo.“Isso é muito importante. A pessoa só deve assinar um documento com esta condição. Ela deve fugir de pagar no rotativo”, afirma Dori.

7. Busque formas mais baratas de pagamento: É claro que o ideal é que você consiga pagar a dívida com seu dinheiro depois de fazer uma boa negociação. No entanto, a escolha por um empréstimo com juros menores do que o cartão de crédito, como crédito consignado, por exemplo, pode ser aconselhável. Há administradoras de cartões que também oferecem este serviço e é uma decisão a ser pesquisada e considerada.

8. Busque a Justiça: Se nada der certo e a negociação não chegar a um acordo interessante, uma saída é buscar a Justiça: quem sabe, por meio do poder judiciário, você não consiga atingir um valor possível de ser pago?

Por fim, se você está na situação de credor, mas ainda se sente inseguro para começar uma negociação da dívida, os especialistas consultados aconselham a busca da ajuda de profissionais tais como advogados e contadores que possam te orientar da melhor forma possível. “O importante é resolver a questão, fugir de ser reincidente e inadimplente”, finaliza Dori.

Fonte:igeconomia.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen é criador do portal www.mayel.com.br

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