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Campo Grande precisa se achar interessante, diz Ângela Kempfer

No TÁ ON com José Marques, jornalista revela como o Lado B deu voz ao que era invisível na cidade

Por José Marques - Conteúdo de Marca | 03/07/2025 07:45


A jornalista Ângela Kempfer, diretora de jornalismo do Campo Grande News e idealizadora da editoria “Lado B”, foi a convidada do podcast TÁ ON para uma conversa sincera, crítica e cheia de histórias sobre sua trajetória pessoal e profissional. Do rádio à internet, da infância nômade à maternidade precoce, da periferia aos bastidores do poder — Ângela traça um retrato vívido da cidade que aprendeu a amar e questionar ao mesmo tempo: Campo Grande.

Gaúcha de nascimento, sul-mato-grossense de coração, Ângela chegou ao Estado aos 10 anos de idade. Filha de militar, cresceu entre despedidas, recomeços e rigidez familiar.

“Aprendi cedo a perder o medo do novo”, afirma. E talvez essa coragem tenha sido o impulso que a levou a enfrentar os desafios da profissão e da maternidade aos 18 anos, quando ainda cursava o primeiro ano de Jornalismo.

Sua carreira passou pela rádio estatal, TV Guanandi, SBT, campanhas políticas e imprensa escrita, até encontrar a internet como seu território definitivo.

“No jornalismo online, eu era a dona de todo o processo. Da pauta à publicação. E isso me libertou”, contou.

Campo Grande precisa se achar interessante, diz Ângela Kempfer
Ângela Kempfer (Foto: Caio Sakamoto)

Mas foi no Campo Grande News, onde atua há mais de duas décadas, que Ângela encontrou seu espaço mais transformador. Em 2011, criou o “Lado B”, uma editoria que foge da cobertura tradicional para mergulhar no comportamento, nas histórias populares e no cotidiano invisível da cidade.

Matérias sobre personagens inusitados, estabelecimentos desconhecidos, manifestações culturais periféricas e histórias esquecidas tornaram o Lado B uma das seções mais lidas do portal.

“Enquanto diziam que só polícia dava audiência, eu provava que era a vida que interessava”, afirma.

E não foram apenas cliques: Ângela conta que reportagens do Lado B mudaram realidades, trouxeram visibilidade e impulsionaram negócios locais que estavam à beira do fechamento.

A jornalista também criticou o comportamento conservador e excludente de parte da cidade.

“Campo Grande é uma cidade linda, mas muitas vezes cafona, que se orgulha de parecer São Paulo ou Miami, mas não valoriza sua própria cultura”, disse.

Citando como exemplo o desprezo de parte da elite local por regiões periféricas e manifestações culturais genuinamente populares.

Campo Grande precisa se achar interessante, diz Ângela Kempfer
Ângela Kempfer e José Marques (Foto: Caio Sakamoto)

Com olhar apurado e vocação para o fora do eixo, Ângela defende a curiosidade como alma do bom jornalismo.

“Minha equipe sabe que é preciso andar pela cidade, parar para conversar, descobrir o que está fora do radar. É aí que nascem as melhores pautas.”

Hoje, mesmo ocupando o cargo de diretora de jornalismo do Campo Grande News e coordenando uma equipe de quase 40 pessoas, ela carrega o DNA do Lado B.

“Continuo acreditando que o jornalismo pode transformar. E a vida real ainda é melhor que a ficção”, conclui.

A história completa, com detalhes emocionantes e curiosidades de bastidores, pode ser conferida no Podcast Tá ON com José Marques, disponível no YouTube.

Conte sua história no Tá ON com José Marques entre em contato WhatsApp (67) 99284-1904 ou no Instagram.

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