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Direto das Ruas

Além do escuro que completa anos, lixo acumulado é "novidade" no Parque do Sóter

Lixo e matagal também são outros problemas na área externa que incomodam ciclistas e corredores

Por Alison Silva | 10/01/2024 09:58
Homem caminha em local escuro do Parque do Sóter (Foto: Juliano Almeida)
Homem caminha em local escuro do Parque do Sóter (Foto: Juliano Almeida)

O Parque do Sóter completa anos “às escuras”, reforçam usuários que convivem com a insegurança trazida pela baixa iluminação, pelo menos, desde 2022. Segundo eles, para piorar, a novidade ruim é o acúmulo de lixo, problema diário enfrentado por quem pratica atividade física na região norte da Capital e já desistiu de frequentar o lugar à noite.

Vira e mexe, uma conserto pontual é feito, mas a escuridão permanece. Já sobre dezenas de sacos de lixo largados há dias nos canteiros, ninguém sabe de onde surgiram.

Quem não abre mão da atividade física só fica no local até às 18h30, uma vez que após esse horário, a área externa fica no escuro, sobretudo na Rua Antônio Rahe, onde ciclistas e pessoas caminham no calçadão com auxílio de luzes e lanternas de celular.

“A iluminação está bem ruim, grande parte das luzes estão apagadas, sem falar nos buracos", disse Jurema Fátima Oliveira, 56 anos, servidora pública aposentada. Ela destacou que ela e o marido notaram as dificuldades a partir do momento em que decidiram mudar o horário da atividade física.

“Costumávamos caminhar pela manhã, mas tivemos que trocar de horário. Por conta do sol muito forte passamos a caminhar no fim do dia”, falou Fátima, que disse permanecer na região no máximo até às 19h30 para evitar problemas e até possíveis assaltos. Moradora da região desde 2001, ela disse que os problemas com a iluminação e a falta de segurança aumentaram há pelo menos seis meses e desde então só crescem.

Técnico de som Eber Ale, de 33 anos (Foto: Juliano Almeida)
Técnico de som Eber Ale, de 33 anos (Foto: Juliano Almeida)

Diante das centenas de pessoas que transitam diariamente, uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM) toma conta do local. Na parte interna, o espaço é melhor iluminado, entretanto, quem usa a pista externa para as atividades se sente mais exposto e inseguro para praticar atividade física, caso do técnico de som Eber Ale, de 33 anos.

“Ontem mesmo estava conversando com um amigo sobre a situação aqui. Se um turista vê a situação do Parque do Sóter chega a ser algo vergonhoso”, falou. Ao Campo Grande News, ele disse que além da escuridão da Rua Antônio Rahe, quem passa pela rua Hermínia Grize rapidamente nota os buracos que complicam os corredores e ciclistas.

“Desse lado não tem nenhuma iluminação, sem falar que o acesso por trás (Hermínia Grize) está horrível. Não tem administração, se tivesse estava mais ajeitado”, completou. Segundo o técnico de som, a administração do parque começou a piorar há pelo menos um ano e meio.

Lixo no gramado do parque, que aumenta dia após dia, segundo moradores
Lixo no gramado do parque, que aumenta dia após dia, segundo moradores

“Às vezes a gente fica pensando em alguém para vir tomar conta, mas isso é algo para o poder público, até porque ninguém vai cortar grama e  colocar iluminação com dinheiro do próprio bolso”, disse.

Em Campo Grande há 12 anos, o técnico de enfermagem Antero Fernandes, de 30 anos, disse que vive há cinco anos na região da Mata do Jacinto. Para ele, o local está largado. “Você passa ali na rua de baixo e vê árvores caídas, acúmulo de lixo, inclusive de chuvas e tempestades anteriores”, falou.

Técnico de enfermagem Antero Fernandes, de 30 anos (Foto: Juliano Almeida)
Técnico de enfermagem Antero Fernandes, de 30 anos (Foto: Juliano Almeida)

Natural de Caracol, cidade distante 376 km de Campo Grande, Antero iniciava sua atividade física no trecho escuro da Rua Antônio Rahe e aproveitou para falar sobre o parque. “Aqui é bem complicado. Nesse trecho se passar das 18h30, 19h, ninguém enxerga mais nada, aí só com lanterninha (risos).”

A reportagem questionou a responsável pelo local, a Funesp (Fundação Municipal de Esportes), sobre as condições do Parque do Sóter e não obteve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.

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