Árvore ignorada por anos destrói casa e deixa diarista sem teto
Família denuncia falta de resposta após repetidos pedidos para remoção da árvore
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Uma árvore caiu sobre uma residência durante temporal em Campo Grande, destruindo parcialmente a casa de uma diarista de 64 anos no Bairro Jardim das Nações. O imóvel, adquirido há 15 anos pela Agência Municipal de Habitação, teve a cozinha e um dos quartos completamente destruídos. A família relata que há mais de dois anos tentava a remoção da árvore, que apresentava riscos, junto a diversos órgãos públicos, incluindo Prefeitura, Governo Estadual e Corpo de Bombeiros. No entanto, nenhuma ação foi tomada, com as instituições transferindo responsabilidades entre si. A moradora, que trabalha como diarista, perdeu praticamente tudo e agora busca ajuda para reconstruir sua casa.
O temporal que atingiram Campo Grande nesta quarta-feira (5) derrubou uma árvore antiga e destruiu a casa de uma diarista de 64 anos no Bairro Jardim das Nações, em Campo Grande. O imóvel, conquistado há cerca de 15 anos por meio da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), ficou parcialmente derrubado, a cozinha e um dos quartos foram totalmente perdidos.
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Quem relata o drama é o jornalista João Buchara, de 22 anos, genro da moradora. Ele vive no local com a namorada, o padrasto dela e a sogra, além de cerca de 20 cachorros e 8 gatos. “Minha sogra está abalada. Ela trabalhou a vida toda para conquistar essa casa. Em poucos minutos, tudo se foi”, contou.
Segundo João, a família tenta há anos a retirada da árvore, que já apresentava risco. “Ela tenta resolver isso há mais de dois anos. Procurou a Prefeitura de Campo Grande, órgãos do governo estadual, até o Corpo de Bombeiros e a Energisa. Mas o pedido sempre ficava no vai e vem. Um jogava a responsabilidade para o outro, e ninguém resolvia”, disse.
Segundo o jornalista, alguns assessores da vereadora Luiza Ribeiro chegaram a intermediar o caso, tentando destravar a papelada para autorizar o corte. “Eles ajudaram o que podiam, mas faltava assinatura. Enquanto isso, a árvore continuava lá, ameaçando cair”, relatou João.
No momento do desabamento, parte da família estava fora. “Quando cheguei, encontrei tudo destruído. Conseguimos tirar algumas coisas, mas a impressão é que a árvore estava descendo mais. Tentamos salvar o que deu dos quartos, mas muita coisa se perdeu. E ainda não sabemos se todos os animais conseguiram escapar”, contou.
Além do prejuízo material, o sentimento é de revolta e impotência. “É revoltante. A gente fez de tudo, pediu ajuda, insistiu. E agora, quem vai responder por isso?”, desabafou o jornalista aos prantos.
A família pede doações de materiais de construção, especialmente telhas e o que mais puder ajudar, para tentar reconstruir o imóvel. “Minha sogra depende do trabalho como diarista, e a casa era tudo o que ela tinha. Estamos tentando reerguer o que sobrou”, concluiu João.
Caso alguém queira ajudar a família com doações para que a casa seja reerguida, entre em contato com o João no número (67) 99202-2442 (Clique aqui).
Posicionamento - Questionada, a Energisa informou que a poda de árvores em espaços públicos é de responsabilidade do município. Em áreas particulares, a obrigação é do proprietário do imóvel ou terreno, que deve contratar um profissional habilitado para executar o serviço.
A Energisa afirma que atua em apoio quando há risco à rede elétrica, especialmente em situações em que galhos estão muito próximos ou em contato com os fios. Nesses casos, a empresa é acionada para remover os galhos que representam perigo, garantindo a segurança do sistema e permitindo que a Prefeitura realize a retirada completa da árvore.
Já a Prefeitura de Campo Grande e o Corpo de Bombeiros não se posicionaram até o momento da publicação.
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