Barulho de máquinas de caldeira deixa moradores sem "paz" no Pioneiros

Há um pouco mais de dois meses, um barulho descrito como "ensurdecedor" vem tirando a ‘paz’ dos moradores da Rua Barão de Campinas, no Bairro Pioneiros, região sul de Campo Grande. O som das máquinas trabalhando dia e noite da empresa Patena Indústria e Comercio de Resinas e Filmes Plásticos reuniu a vizinhança em torno do mesmo problema.

Ivanilda Silva barros, de 56 anos, mora na região há cerca de 40 anos. Ela e a mãe que já é idosa sofrem com o barulho constante, pois a casa delas fica bem próxima ao maquinário da empresa.

Apenas um muro divide a casa delas e a empresa. “Telefone, televisão ou pessoas me chamando no portão eu não consigo ouvir, durante a noite esse barulho fica mais alto, antes tinha o barulho, mas não era tão insuportável assim, acho que trocaram as máquinas”, comenta Ivanilda.

Durante a entrevista, outros vizinhos foram aparecendo, como a funcionaria pública Maria de Lurdes Gouveia Costa, de 70 anos, “é o dia todo assim, durante a noite o barulho dobra, a rua fica em silêncio, aí parece que as máquinas estão dentro de casa, mesmo com tudo fechado o barulho incomoda, tira a paz e o sono".

Lucimara Santos da Silva tem 27 anos e há nove mora no bairro, “eu tenho duas crianças pequenas, durante a tarde para fazê-los dormir é uma luta, a menina de seis meses demora pegar no sono, mas depois dorme bem, o outro não dorme de jeito nenhum e olha que minha casa fica um pouco mais para baixo da empresa”.

Teresa Gimenez de Freitas, de 70 anos, e Rosangela Gonçalves de Moura, de 43, também moram na rua há anos. “Para eu poder assistir qualquer coisa na televisão eu tenho que fechar toda a casa, inclusive colocar panos de baixo da porta para ver se faz menos barulhos”, conta Teresa. Rosângela disse à reportagem que durante o dia é ruim, mas "à noite é três vezes pior".

O Campo Grande News entrou em contato por telefone com a empresa citada na matéria e pediram para que fosse encaminhado um e-mail para o responsável. Até o momento, não obtivemos uma resposta. O espaço segue em aberto.

A prefeitura também foi procurada para saber se esse tipo de empresa pode funcionar em área residencial, como o bairro Pioneiros, já que existe o núcleo industrial para essas atividades. Até o momento, não houve retorno. O espaço segue aberto.

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