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Direto das Ruas

Dezenas de pássaros são encontrados mortos e espalhados pelo HU

Funcionária relata ter visto seis aves sem vida ao chegar ao trabalho; hospital acompanha a situação

Por Silvia Frias | 08/09/2025 11:13
Dezenas de pássaros são encontrados mortos e espalhados pelo HU
Fotos enviadas à reportagem mostram vários pássaros mortos (Foto/Direto das Ruas)

Nesta segunda-feira (8), ao chegar para o trabalho, uma servidora do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) se espantou ao encontrar três pássaros mortos. Ao olhar com atenção no entorno, viu mais três. A informação chegou pelo Direto das Ruas.

RESUMO

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Funcionários do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) encontraram, na manhã desta segunda-feira (8), pelo menos 15 pássaros mortos em diferentes áreas do complexo hospitalar. Entre as espécies encontradas estão bem-te-vis, joões-de-barro e pardais. A servidora que relatou o caso informou que os animais estavam sendo recolhidos desde sexta-feira e que suspeita-se de intoxicação por pulverização de produtos químicos na área gramada do hospital. O Hospital Veterinário foi acionado, mas a responsabilidade pela análise foi repassada ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), que enviou uma bióloga para coletar amostras. O Humap negou a realização de pulverizações recentes, afirmando que a manutenção tem sido feita apenas com irrigação. A instituição destacou que está acompanhando o caso e que há relatos semelhantes no entorno da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

No decorrer da manhã, recebeu a informação de que outros foram encontrados em diferentes pontos do HU (Hospital Universitário), como na entrada do ambulatório de ortopedia, no estacionamento e perto do PAM (Pronto Atendimento Médico).

“Eu vi hoje cedo, às 6h40, mas me falaram que eles estão caídos por aqui desde sexta-feira”, relatou a servidora pública, que preferiu não se identificar. São bem-te-vis, joões-de-barro e pardais espalhados pelo hospital. Só nas imagens enviadas ao Direto das Ruas, são 14 aves.

A informação recebida é que os funcionários da limpeza foram orientados a recolher os pássaros.

A reportagem foi ao local e conversou com funcionários que não quiseram se identificar. Duas funcionárias disseram ter visto uma pomba e dois bem-te-vis mortos perto do setor de raio X. "Nunca vimos tantos passarinhos mortos por aqui assim, estranhei", contou.

A servidora que relatou o caso ao Campo Grande News contou que entrou em contato com o Hospital Veterinário para que fosse feita análise nos pássaros e identificada a causa das mortes. “Me falaram que não podem recolher, que isso é com o Imasul [Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul]”.

O Imasul fez contato com a equipe do Inbio (Instituto de Biociências) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), informando sobre o ocorrido. Uma bióloga do instituto esteve no local nesta manhã para recolher algumas aves.

A informação apurada pela reportagem é que a bióloga apenas prestou auxílio ao Imasul, recolhendo as aves, que serão congeladas e encaminhadas para análise do setor de fauna da instituição.


Causa? - Em conversa com colegas, a servidora recebeu a informação de que teria sido realizada pulverização na área gramada do HU, na semana passada, e que isso pode ter intoxicado e matado os animais. “Mas é preciso fazer análise, vai que outros animais comam essas aves”, disse.

Em nota, a assessoria do Humap informou que tomou conhecimento da situação e recebeu vários relatos. "No entanto, não é possível afirmar que a causa seja envenenamento, tampouco que o problema tenha origem no hospital, já que há registros semelhantes também no entorno da UFMS."

Ainda em nota, a instituição afirma que não realizou qualquer pulverização de produtos químicos no gramado ou nas áreas externas. "Devido ao tempo seco, a manutenção tem sido feita apenas com irrigação diária utilizando mangueiras de aspersão", divulgou.

"Ressaltamos ainda que o hospital mantém controle sanitário apenas sobre pombos, com ações restritas à retirada de ninhos dessa espécie." A instituição acrescentou que está acompanhando a situação.

A reportagem também entrou em contato com Imasul para saber os procedimentos da investigação e acompanha o caso para atualizações. (Colaborou Raíssa Rojas)

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