Mesmo com ordem judicial, Rosemar sofre enquanto aguarda cirurgia

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Mesmo com ordem judicial favorável, Rosemar Marciano Galiano, de 53 anos, sofre com dores intensas enquanto aguarda por cirurgia. A dona de casa desenvolveu artrose no quadril esquerdo há cerca de três anos, após sofrer um acidente de moto.

Rosemar relembra que em abril de 2021 trafegava de motocicleta por rua do Bairro Jardim Panamá quando foi atingida por uma caminhonete. “Tive fraturas expostas e fiquei com uma perna menor que a outra”, explica.

Cerca de um ano após o acidente, Rosemar desenvolveu a artrose no quadril esquerdo. Há dois anos a dona de casa aguarda para passar por cirurgia que irá colocar uma prótese de porcelana em seu quadril. “A cabeça do fêmur necrosou e é irreversível e eu preciso dessa prótese”.

Enquanto aguarda pela cirurgia, o quadro de Rosemar se agravou. A dona de casa diz não conseguir sentar, andar, dormir ou fazer as tarefas de casa por conta da dor. Antes do acidente, Rosemar trabalhava como diarista e precisou abandonar a profissão.

Para tentar agilizar o processo de espera, com o auxílio da Defensoria Pública, Rosemar entrou com uma ação judicial. Em julho deste ano, o juiz que acompanhava o casa determinou que a cirurgia fosse realizada através do SUS (Sistema Único de Saúde) em, no máximo, dois meses.

“Não sei mais pra quem recorrer, eu tenho um mandado judicial que o juiz deu o prazo para eles resolvem. A consulta com o ortopedista foi marcada para setembro na Santa Casa e quando faltavam dois dias eles cancelaram. Me disseram que os médicos estavam em greve e agora não tem mais previsão de quando irão remarcar a consulta”, conta.

Ainda é relatado por Rosemar, que o hospital não possui a prótese adequada para a sua idade. “Eles dizem que só tem a prótese para 60 anos e eu tenho 53. Será que eu vou ter que esperar com dor todo esse tempo? Eu já fiz orçamento, mas a prótese custa R$ 250 mil e eu não tenho condições de fazer a cirurgia em rede particular”, diz.

Para o Campo Grande News, a Santa Casa informou que "a paciente em questão possui uma ordem judicial para avaliação em nosso ambulatório, com o objetivo de emitir um relatório e solicitar a prótese adequada".

Porém, a consulta agendada foi desmarcada por conta da paralisação dos médicos devido à falta de pagamento. "Assim que os atendimentos forem retomados, a consulta será oportunamente reagendada", encerra a nota.

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