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Direto das Ruas

Paciente está internada há 44 dias à espera de cirurgia cardíaca

Sobrinha conta que a cada visita médica é informada uma data para realização do procedimento

Lucia Morel | 25/06/2023 17:49
Fachada do Hospital Universitário, em Campo Grande. (Foto: Divulgação)
Fachada do Hospital Universitário, em Campo Grande. (Foto: Divulgação)

A aposentada Sandra França, de 45 anos, está internada no HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) desde 10 de maio, quando chegou ao local com dores no braço direito, vômito e muito cansaço. Renal crônica, Sandra é acompanhada pela sobrinha, Renata Aparecida Gurgel, que denunciou o caso.

“De lá pra cá, ela fez vários exames de sangue e de imagem. A primeira suspeita foi de gastrite nervosa, mas foi descartado o diagnóstico. Feitos vários exames, relataram que ela precisaria fazer uma cirurgia no coração, de ponte de safena”, relatou.

Ela conta que a cada visita médica é informada uma data para realização do procedimento cirúrgico, mas nada avança, porque “chega na data e eles cancelam a cirurgia”. Durante a estadia por lá, ela desenvolveu infecção urinária, que está sendo tratada. A hemodiálise também está sendo feita adequadamente, mas a espera pela cirurgia desgasta.

Da última vez, informaram que o procedimento seria na próxima quinta-feira, dia 28 de junho, mas já desmarcaram novamente. “Toda semana eles informa um motivo diferente. Dessa vez é porque não tinha anestesista. Dizem que só tem dois pra todo hospital. Já informaram também que foi por causa da bactéria que ela pegou lá, e assim vai”, lamenta. A sobrinha disse que deve procurar a Defensoria Pública nesta segunda-feira.

O Campo Grande News entrou em contato com o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap/UFMS), que por meio de nota informou que "o Humap realmente vem enfrentando grandes dificuldades para realizar cirurgias cardíacas de forma regular. Nosso quantitativo de médicos anestesistas não é suficiente, apesar dos inúmeros concursos públicos realizados para contratação, bem como, contratação de empresa terceirizada para disponibilizar esses profissionais e, mesmo assim, não tem conseguido."

Ainda de acordo com a nota, para resolver este problema, está em andamento outro processo licitatório para contratação de médicos anestesistas que deverá ser finalizado em 60 dias. "Além disso, alguns itens de materiais necessários para realização de cirurgias cardíacas deram fracassado no último processo licitatório e outro processo foi aberto para tentar suprir esse déficit. Por sermos hospital 100% público, obrigatoriamente devemos seguir todos os ritos administrativos licitatórios para compra de insumos o contratação de pessoal, que são processos morosos e complexos. Continuaremos empenhados na resolução dessas dificuldades, para que possamos resolver essas pendências o mais rápido possível." Esclarece o Hospital.

(*) Matéria editada às 11h30 de segunda-feira (26), para acréscimo de nota.

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