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Direto das Ruas

Próximo ao córrego, área verde virou depósito de lixo ao ar livre

Na Avenida Jorge Chaia, sofá, entulho e plástico integram o cenário na região do Bairro Piratininga

Por Jéssica Fernandes | 24/03/2025 17:38
Próximo ao córrego, área verde virou depósito de lixo ao ar livre
Lixo jogado em área verde, no Córrego Bandeira, próximo à avenida. (Foto: Osmar Veiga)

Entulho, restos de embalagens, madeira, pneus e eletrônicos estão entre os diversos tipos de lixo jogados próximo ao Córrego Bandeira. Esse foi o cenário flagrado pela reportagem na tarde desta segunda-feira (24) em diversos trechos da Avenida Jorge Chaia, que incluem uma APP (Área de Preservação Permanente).

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Entulho, restos de embalagens, madeira, pneus e eletrônicos são encontrados próximos ao Córrego Bandeira, na Avenida Jorge Chaia, em Campo Grande. Moradores relatam que o problema persiste há anos, com lixo sendo descartado por moradores de rua que vivem na área. A situação piorou com o tempo, apesar de limpezas esporádicas pela prefeitura. Moradores sugerem que uma pista de corrida poderia resolver o problema. A prefeitura ainda não se manifestou sobre o caso.

Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

O encontro da avenida com as Ruas da Divisão, Anchieta, Tupã e Estevão Alves Ribeiro está entre os pontos mais críticos devido ao excesso de lixo. Quem mora há décadas na região comenta que nem sempre a área verde dividiu espaço com a sujeira atual.

Dalmir Bezerra Lima, de 53 anos, e a esposa Silvana Costa Lima, de 48 anos, moram no Bairro Piratininga há mais de duas décadas. O motorista comenta que há “mais de anos” que o problema ocorre, causando, eventualmente, o surgimento de animais. “Às vezes aparece gambá, ratazana”, afirma.

Próximo ao córrego, área verde virou depósito de lixo ao ar livre
Dalmir Bezerra Lima conta que já apareceram ratos em casa devido ao lixo. (Foto: Osmar Veiga)

Sobre a origem do lixo, Silvana conta que algumas pessoas, moradores de rua, coletam materiais pela cidade e depois os levam para a área próxima ao córrego. “Eles moram aí, então catam as coisas, vão fazer a separação e jogam embaixo [do córrego]”, diz.

A dona de casa também comenta que, anos atrás, o local costumava ser limpo, mas a situação mudou. "Limpavam tudo, tanto que tínhamos visão do outro lado. Mas foram relaxando, a prefeitura foi deixando, aí abandonaram tudo", completa.

Dalmir já levou a situação para o líder comunitário, mas nunca recorreu diretamente à prefeitura. Ele afirma que uma solução deveria ser tomada. “O certo era limpar, porque isso aí era limpo, era cartão pessoal”, pontua.

Próximo ao córrego, área verde virou depósito de lixo ao ar livre
Próximo ao córrego foram jogados sofás e outros materiais de móveis. (Foto: Osmar Veiga)
Próximo ao córrego, área verde virou depósito de lixo ao ar livre
Bueiro da avenida está coberto por restos de materiais. (Foto: Osmar Veiga)

Ainda na Avenida Jorge Chaia, na esquina com a Rua da Divisão, restos de materiais de construção estão amontoados, espalhados bem perto do córrego. Ali, até uma placa de veículo foi abandonada. Na rua, nem o bueiro escapou de ser alvo do descarte irregular de lixo.

Anatanael Ferreira, de 51 anos, é proprietário de uma empresa na avenida. Ele relata que, em determinado período, chegou a fazer a limpeza por conta própria. “Era eu que roçava essa beirada aqui”, conta. Segundo ele, mais de quatro pessoas vivem irregularmente próximo ao córrego. “Mora gente e esse pessoal vai trazendo o lixo”, explica.

Para o empresário, além da limpeza, um investimento público poderia solucionar o problema. “Se fizeram uma pista de corrida que chega até o Lago do Amor, seria maravilhoso”, destaca.

Próximo ao córrego, área verde virou depósito de lixo ao ar livre
Anatanael Ferreira opina que lugar poderia ganhar uma pista de corrida. (Foto: Osmar Veiga)

Uma placa com a frase “Proibido Jogar Lixo” chama a atenção no trecho da avenida próximo da Rua Estevão Alves Ribeiro. Acima dela, em uma árvore, alguém colocou uma câmera de segurança antiga. Ela não funciona, assim como o aviso. Ao redor, vasilhas de plástico, sacos, baldes e outros tipos de lixo poluem ou locais.

Jorge Rocha, de 58 anos, também tem um negócio na avenida. O empresário enfatiza que a maior parte dos resíduos é deixada pelos moradores de rua. "A maioria desse lixo aí é dos andarilhos. São pessoas carentes que vão juntando, não é do pessoal da vila. Isso já tem mais de dez anos", relata.

Segundo ele, equipes da prefeitura já cortaram o mato no entorno do córrego, mas nunca retiraram o lixo. "Fazem a limpeza normal, mas da beira do córrego, não. Nunca vi", afirma.

Próximo ao córrego, área verde virou depósito de lixo ao ar livre
Câmera foi amarrada em árvore junto com placa de "Proibido jogar lixo". (Foto: Osmar Veiga)

A reportagem flagrou pelo menos dois barracos improvisados às margens do Córrego Bandeira. Um deles feito com lona, enquanto o outro foi montado com restos de madeira.

Procurada, a Prefeitura de Campo Grande não se manifestou sobre o caso até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.

Próximo ao córrego, área verde virou depósito de lixo ao ar livre
Barraco improvisado com lonas na área de preservação.  (Foto: Osmar Veiga)

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