Remédio para epilepsia falta na rede pública e paciente precisa pagar todo mês
Cabeleireira precisa tomar três comprimidos diários para evitar crises convulsivas
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Pacientes que dependem da rede pública de Campo Grande para obter o Carbamazepina, medicamento controlado para epilepsia, enfrentam dificuldades com a falta do remédio desde dezembro do ano passado. O assunto chegou pelo canal Direto das Ruas.
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Segundo a cabeleireira Maria Aparecida Martins, de 47 anos, que está passando por essa situação, o remédio essencial para o tratamento da doença está em falta nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial).
Necessitando do remédio desde os 12 anos, ela precisa tomar três comprimidos diários para evitar crises convulsivas. Com a ausência do remédio na rede pública, precisa arcar com o custo, que chega a R$ 178 por mês.
“Desde dezembro não tem mais, em nenhum Caps. Nunca teve problema, agora está tendo. Eles falam que não tem previsão de chegada. Eu ainda tenho trabalho e tenho condições de comprar, e quem não tem? Porque tem muita gente que toma esse remédio, não é só eu”, lamenta.
Além disso, ela também relata dificuldades em conseguir outros remédios básicos, como paracetamol e amoxicilina quando estava com infecção de ouvido há 15 dias. Com isso, os gastos com medicamentos neste mês ultrapassaram os R$ 400, comprometendo seu orçamento.
A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e a SES (Secretaria Estadual de Saúde) para obter esclarecimentos sobre o desabastecimento, e aguarda o retorno.
Em janeiro deste ano, denúncias apontaram a falta de pelo menos 17 tipos de materiais e 23 tipos de medicamentos em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros de Referência em Saúde) de Campo Grande.
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