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Direto das Ruas

Remédio para epilepsia falta na rede pública e paciente precisa pagar todo mês

Cabeleireira precisa tomar três comprimidos diários para evitar crises convulsivas

Por Izabela Cavalcanti | 01/03/2025 18:07
Remédio para epilepsia falta na rede pública e paciente precisa pagar todo mês
Centro de Especialidades Médicas onde é distribuído remédios controlados (Foto: Henrique Kawaminami)

Pacientes que dependem da rede pública de Campo Grande para obter o Carbamazepina, medicamento controlado para epilepsia, enfrentam dificuldades com a falta do remédio desde dezembro do ano passado. O assunto chegou pelo canal Direto das Ruas.

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Pacientes em Campo Grande enfrentam dificuldades para obter medicamentos controlados para epilepsia na rede pública desde dezembro. Maria Aparecida Martins, de 47 anos, relata a falta do remédio nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), obrigando-a a gastar R$ 178 mensais para comprá-lo. Além disso, ela enfrenta escassez de remédios básicos como paracetamol e amoxicilina, elevando seus gastos com medicamentos para mais de R$ 400 mensais. A Secretaria de Saúde ainda não se manifestou sobre o desabastecimento.

Segundo a cabeleireira Maria Aparecida Martins, de 47 anos, que está passando por essa situação, o remédio essencial para o tratamento da doença está em falta nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial).

Necessitando do remédio desde os 12 anos, ela precisa tomar três comprimidos diários para evitar crises convulsivas. Com a ausência do remédio na rede pública, precisa arcar com o custo, que chega a R$ 178 por mês.

“Desde dezembro não tem mais, em nenhum Caps. Nunca teve problema, agora está tendo. Eles falam que não tem previsão de chegada. Eu ainda tenho trabalho e tenho condições de comprar, e quem não tem? Porque tem muita gente que toma esse remédio, não é só eu”, lamenta.

Além disso, ela também relata dificuldades em conseguir outros remédios básicos, como paracetamol e amoxicilina quando estava com infecção de ouvido há 15 dias. Com isso, os gastos com medicamentos neste mês ultrapassaram os R$ 400, comprometendo seu orçamento.

A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e a SES (Secretaria Estadual de Saúde) para obter esclarecimentos sobre o desabastecimento, e aguarda o retorno.

Em janeiro deste ano, denúncias apontaram a falta de pelo menos 17 tipos de materiais e 23 tipos de medicamentos em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros de Referência em Saúde) de Campo Grande.

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