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Direto das Ruas

Terrenos são tomados pelo fogo no Jardim Paradiso

Residente compartilha um vídeo que mostra a intensidade da fumaça na varanda de sua casa durante o incêndio

Por Raíssa Rojas | 28/05/2025 11:19

Moradores da Rua Ângela Abdulahad, no Jardim Paradiso, denunciaram um incêndio em vários terrenos ocorrido por volta das 22h30 de terça-feira (27). Vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros, que chegou cerca de meia hora depois para conter as chamas. O assunto foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

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Moradores do Jardim Paradiso, em Campo Grande, denunciam incêndio criminoso em terreno baldio na Rua Ângela Abdulahad. O fogo, ocorrido na terça-feira (27), gerou muita fumaça, causando transtornos respiratórios e danos materiais aos moradores, como roupas impregnadas de fumaça. Os bombeiros foram acionados e controlaram o incêndio. Segundo moradores, proprietários do terreno ateiam fogo na vegetação seca com frequência, há pelo menos dez anos, principalmente durante o inverno. Além da fumaça, o lixo acumulado no local atrai animais peçonhentos, como cobras, ratos e escorpiões. Atear fogo em terrenos baldios é crime ambiental, com multas que podem ultrapassar R$ 11 mil, além de possível detenção. Denúncias podem ser feitas à Prefeitura (156), Guarda Civil (153), Bombeiros (193) e Polícia Militar (190).

“Inalamos muita fumaça, inclusive as crianças. Isso causa mal-estar e ardência nos olhos. Não consigo estender roupa no varal porque fica com cheiro de fumaça e preciso lavar tudo novamente, o que aumenta minha conta de água, além da poeira e da fuligem”, relata Adriane Costa Bitti, 41 anos, assistente administrativa. Ela mora com o marido e dois filhos pequenos próximo ao terreno incendiado.

De acordo com Adriane, os moradores já denunciaram várias vezes a situação do terreno. Sempre que o mato alto torna a calçada intransitável, os proprietários local cortam a vegetação e, em vez de recolherem os resíduos, colocam fogo. “Isso acontece há 10 anos que estou aqui morando aqui nessa região do Jardim Paradiso. O período maior é no inverno, pois parou a chuva e o capim começa a secar, ai já viu, lá vem o fogo nos terrenos”, afirma.

Outra moradora, Kenya Oliveira, 36 anos, empreendedora, também reclama da situação. “O que pedimos é que os donos desses terrenos façam a limpeza e parem de atear fogo porque sabemos que eles mandam funcionários por fogo nos terrenos deles. Somos prejudicados, pois ontem inalamos fumaça”, relata.

"Ontem, a fumaça foi tão forte que entrou dentro de casa, eu tenho cachorros que ficam lá fora no quintal, a gente teve que colocar os cachorros para dentro de casa". Kenya compartilhou um vídeo que mostra a intensidade da fumaça na varanda de sua casa durante o incêndio.

Kenya também destaca que os terrenos, além do mato alto, acumulam lixo descartado por terceiros, o que tem provocado a infestação de cobras, ratos e escorpiões nas residências vizinhas.

Na Capital, atear fogo em terrenos baldios é considerado crime ambiental, sujeito a multas que variam entre R$ 2.944,50 e R$ 11.778,00, conforme a gravidade da infração e o tamanho da área afetada. Além da penalidade administrativa, o responsável pode responder criminalmente com base na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que prevê detenção de até quatro anos por poluição.

A fiscalização é realizada pela Polícia Militar Ambiental, com apoio da prefeitura, e denúncias podem ser feitas pelos telefones 156 (Prefeitura), 153 (Guarda Civil), 193 (Bombeiros) e 190 (Polícia Militar).

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