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Economia

Abril teve inflação de 0,60%, menor que em março, mas ainda alta

Bruno Chaves | 07/05/2014 10:12
Melancia está entre um dos produtos que mais tiveram aumento de preço em Campo Grande. (Foto: Elverson Cardozo)
Melancia está entre um dos produtos que mais tiveram aumento de preço em Campo Grande. (Foto: Elverson Cardozo)

Em abril deste ano, a inflação registrada em Campo Grande foi de 0,60%. O índice teve ligeira queda quando comparado ao mês anterior, março, quando atingiu 0,80%. Entretanto, a diminuição do valor não pode ser comemorada, já que no quarto mês de 2013 a inflação ficou em 0,30%. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (7) pelo IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), elaborado pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas da Universidade Anhanguera-Uniderp.

O grupo de Alimentação continua como responsável por puxar a inflação, como avaliou o coordenador do Núcleo de Pesquisas, Celso Correia de Souza. Ele ainda analisou que os setores de carros novos e etanol também contribuíram para o resultado “de forma inusitada”.

“O automóvel novo e o etanol subiram de preços, ajudando na alta da inflação”, explicou à assessoria de imprensa. Já de um modo geral, “há forte aumento dos preços em produtos como leite pasteurizado, açúcar, arroz, etc. Os itens hortifrutícolas, apesar de continuarem com alguns valores altos, estão subindo menos ou até caindo”, disse.

Para o coordenador, “a esperança é que o outono tenha um clima melhor do que a estação passada, favorecendo a produção de alimentos”. Dessa forma, ao invés de impulsionar a inflação, o grupo de Alimentação pode contribuir para a queda do índice.

Os maiores apontadores da inflação em abril ficaram com os grupos de Alimentação, Transportes e Vestuário com 1,75%, 0,61% e 0,37%, respectivamente. Outros grupos como Habitação, Despesas Pessoais e Saúde ficaram com variações dentro da normalidade. Já o setor de Educação apresentou deflação de -0,10%.

Altas e baixas – O grupo de alimentação apresentou fortíssima inflação, de 1,75%. Os maiores aumentos ficaram com a melancia (15,93%), berinjela (12,89%) e presunto (12,64%). Na contramão, os produtos que apresentaram queda foram: maçã (-18,53%), beterraba (-18,48%), manga (-16,66%) e tomate (-12,84%), que figurou durante muito tempo como o vilão.

Em relação as carnes, também foram constatados aumentos e quedas nos preços. As elevações da carne bovina firam com o fígado (8,63%), o filé mignon (6,74%), a paleta (4,77%) e a costela (3,51%). As reduções de valores ocorreram com o contrafilé (-5,34%), coxão-mole (-1,78%), acém (-0,85%), entre outros.

Conforme o coordenador, os preços das carnes continuarão aumentando, principalmente em relação aos cortes bovinos, devido a forte demanda por este produto.

O grupo Habitação mostrou uma pequena inflação da ordem de 0,16% em relação ao mês de março. No quesito Transportes, o levantamento demonstrou alta significativa de 0,61%. O grupo Despesas Pessoais também apresentou pequena inflação de 0,17%. Saúde foi outro grupo que apresentou estabilidade nos preços, com tendência de alta, da ordem de 0,08%. Já Educação apresentou uma pequena deflação de -0,10%.

Inflação Acumulada – A inflação acumulada nos últimos doze meses em Campo Grande ficou em 5,83%. O valor está acima da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 4,5%.

“A inflação acumulada na cidade neste ano de 2014 é de 3,32%, cuja tendência, do nosso ponto de vista, se medidas não forem tomadas para coibir esse aumento, é de que, no final do ano, que ultrapasse a meta do CMN, que é de 4,5% com uma tolerância de 2% para mais ou para menos”, avalia Souza.

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