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Economia

Após leilão adiado, até março de 2025 Rota da Celulose deve voltar ao mercado

Alta do dólar e mercado saturado fizeram governo retirar projeto da B3 (Bolsa de Valores do Brasil)

Por Natália Olliver | 05/12/2024 09:59
Após leilão adiado, até março de 2025 Rota da Celulose deve voltar ao mercado
Trecho da rodovia MS-040, que faz parte da Rota da Celulose (Foto: Edemir Rodrigues/EPE)

Após o anúncio de que a Rota da Celulose saiu do leilão da B3 (Bolsa de Valores do Brasil), que aconteceria na próxima sexta-feira (13), o governo de Mato Grosso do Sul afirmou que o projeto deve voltar ao mercado até março de 2025. A prorrogação aconteceu devido à alta do dólar e à saturação do mercado. A explicação foi feita aos deputados pelo governador Eduardo Riedel nesta terça-feira (3), na Assembleia Legislativa.

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Devido à alta do dólar e à saturação do mercado, o leilão da Rota da Celulose, projeto de concessão de 870,3 km de rodovias em Mato Grosso do Sul, foi adiado para março de 2025. O governo estadual irá reavaliar a modelagem do projeto para torná-lo mais atrativo a investidores. A concessão prevê melhorias significativas nas rodovias, incluindo duplicações e serviços como guinchos, ambulâncias e postos de atendimento ao usuário, visando garantir maior competitividade aos negócios e segurança aos motoristas.

Na ocasião, ele se comprometeu a reavaliar a modelagem da rota para torná-la mais atrativa aos investidores. O projeto prevê a concessão de trechos de cinco rodovias: MS-040, MS-338, MS-395, BR-262 e BR-267, totalizando 870,3 km de extensão pelo período de 30 anos.

O nome dado "Rota da Celulose" faz referência às estradas próximas das grandes fábricas do insumo instaladas no Estado, como as unidades da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, e da Eldorado Brasil, em Três Lagoas.

Segundo Riedel, o desenvolvimento do projeto é de extrema relevância para o país e foi desenvolvido com aval do governo federal, onde o principal objetivo é garantir mais competitividade aos negócios, além de comodidade e segurança aos investidores e aos usuários que trafegam pelas rodovias citadas.

Eliane Detoni, secretária especial do EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), explica que a alta do dólar foi crucial para a decisão de prorrogar o leilão.

“Foi um movimento natural do próprio mercado, em um cenário que não contribuiu devido taxas de juros bastante elevadas, e toda conjuntura em relação aos aspectos macroeconômicos do país, assim como a grande oferta com muitos projetos em leilão toda semana, foram quase 5 mil km de rodovias concessionadas, em investimentos na ordem de R$ 130 bilhões”, destacou.

E agora? - Segundo a secretária, o próximo passo é fazer uma nova avaliação do projeto, para entender se será necessário ajuste. Isso será feito com o trabalho de consulta e sondagem do mercado.

No projeto estão previstos trechos de duplicações, acostamentos, implantação de terceirais faixas, implantação de contornos, travessias sobre linhas férreas, passagens de fauna, passarelas, postos de parada e descanso aos caminhoneiros.

Os usuários terão 19 guinchos para socorro mecânico, 13 ambulâncias de atendimento e socorro médico, sete veículos de inspeção de tráfego, cinco caminhões-pipa para combate a incêndios, cinco caminhões adaptados para apreensão de animais e desobstrução de pistas e 13 postos de atendimentos aos usuários com estacionamento, sanitários, telefones e área de descanso.

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