Baixa cotação do dólar faz preço da soja despencar 1,42% em janeiro
Somente entre os dias 22 e 29 do mês passado a queda foi de 1,70% na média dos preços.
O preço da saca de soja em Mato Grosso do Sul caiu 1,42% entre dezembro e janeiro pressionado pela baixa do dólar. Segundo a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado), as cotações do grão não devem sofrer grandes valorizações em fevereiro devido ao começo da colheita, que vai aumentar a disponibilidade.
Conforme o boletim de acompanhamento da safra divulgado pela entidade nesta segunda-feira (5), somente entre os dias 22 e 29 do mês passado a queda foi de 1,70% na média dos preços feita nas oito cidades pesquisadas, tendo a oleaginosa encerrado esse período com a saca em torno de R$ 61,50.
As maiores desvalorizações foram registradas em Sidrolândia e Campo Grande, onde o preço despencou 3,23%, passando de R$ 62 para R$ 60. Contudo, em Ponta Porã e Caarapó a soja se manteve estável com a saca orçada em R$ 63 durante todo o intervalo de tempo.
Essas variações refletem a baixa de 0,88% no preço da moeda norte-americana nesse período. Os preços aquém do ideal fazem com que os produtores atrasem a venda antecipada da produção. Conforme a Famasul, até o dia 29 de janeiro 30,04% da safra já teve a venda negociada antes mesmo da colheita.
Conforme o relatório, o montante está 4,3 pontos percentuais menor do que no mesmo período do ano passado. A entidade explica que os produtores estão esperando e aproveitando as chamadas janelas de comercialização, quando o dólar atinge picos acima da média, para negociar os grãos no mercado.
Espera-se que passada a fase inicial da colheita, a situação melhore. Entre os fatores que podem ajudar a elevar os preços está a situação climática na Argentina, onde o clima tem se mostrado seco e pode prejudicar as lavouras, reduzindo a produtividade.