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Economia

Cartão de crédito continua como vilão e aumenta endividamento das famílias

Em fevereiro, o índice de famílias endividadas em Campo Grande subiu para 64,9%

Por Izabela Cavalcanti | 16/03/2025 11:58
Cartão de crédito continua como vilão e aumenta endividamento das famílias
Consumidores andando na Rua 14 de Julho, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

A PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), aponta que em fevereiro, o índice de famílias endividadas em Campo Grande teve leve aumento, ficando em 64,9%.

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A pesquisa PEIC, realizada pela CNC, revela que o índice de famílias endividadas em Campo Grande subiu para 64,9% em fevereiro. A maioria das dívidas é com cartão de crédito (75,4%), seguida por carnês (20,1%) e crédito pessoal (11,5%). Apesar do aumento, o índice de inadimplência caiu de 28,2% para 27,5%, indicando melhor organização financeira das famílias. No entanto, 42,5% afirmam não ter condições de pagar suas dívidas. A pesquisa também destaca que 53,4% das dívidas têm mais de 90 dias e 38,5% das famílias estão comprometidas por mais de um ano. Além disso, 15,6% das famílias têm mais de 50% da renda comprometida com dívidas.

Em relação ao tipo de dívida, 75,4% estão endividados com cartão de crédito; 20,1% com carnês; 11,5% crédito pessoal; 8,4% com financiamento de casa; 8,3% com financiamento de carro.

A economista do IPF/MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS), Regiane Dedé de Oliveira, afirma que o endividamento por si só não é algo ruim, desde que esteja programado no orçamento e não implique em inadimplência.

“A compra a prazo é uma modalidade importante e aquece a economia. Um indicador que pode refletir esses gastos foi a redução do índice de famílias com contas em atraso, que passou de 28,2% em janeiro para 27,5% em fevereiro, e pode indicar que as pessoas estão organizando melhor suas finanças”, pontuou.

Sobre ter condições de pagar a dívida, 15,3% disseram que terão condições; e 42,5% não terão como pagar.

A pesquisa também mostra há quanto tempo as famílias têm as dívidas, 53,4% tem acima de 90 dias; 24,9% entre 30 e 90 dias; e 16,2% até 30 dias.

As dívidas estão comprometidas por até 3 meses para 19,1% das famílias; entre 3 e 6 meses para 13,2% das famílias; entre 6 meses e 1 ano, para 14,9%; por mais de 1 ano para 38,5%.

Considerando o total da renda mensal, 29,1% das famílias estão com 10% do salário comprometido; 41% de 11% a 50% comprometido, e 15,6% mais de 50% da renda comprometida.

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