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Economia

Clima instável eleva preço e tomate fica 42% mais caro em quatro dias

Renata Volpe Haddad | 10/11/2015 15:00
Na sexta-feira (6) o quilo do tomate estava R$ 2,80. Nesta terça-feira, a Ceasa registrou o valor de R$ 4.
(Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
Na sexta-feira (6) o quilo do tomate estava R$ 2,80. Nesta terça-feira, a Ceasa registrou o valor de R$ 4. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

O clima instável tem feito o preço dos hortifrútis subir em Mato Grosso do Sul. Em apenas quatro dias, o preço do quilo do tomate longa vida subiu 42,86%, saltando de R$ 2,80 no dia 6 de novembro, para R$ 4 nesta terça-feira (10).

Segundo o coordenador da divisão de Mercado da Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) Cristiano Chaves, o Estado importa 85% das frutas e verduras que consome. "Um exemplo é a batata que trazemos da região sul e de Minas Gerais e nesses Estados as chuvas estão intensas, causando problema na colheita, carga e chegando aqui com um preço bem maior", explica.

O valor do quilo da batata em 30 de outubro estava R$ 1,80. Já no dia 03 de novembro, subiu para R$ 3,80 elevação de 111%. Já no dia 06 de novembro, o preço do quilo caiu para R$ 3,60 e se mantém neste valor.

As folhosas são as mais prejudicadas pela instabilidade climática, deixando o hortifrúti com aspecto feio e com valor alto. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
As folhosas são as mais prejudicadas pela instabilidade climática, deixando o hortifrúti com aspecto feio e com valor alto. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

Conforme Chaves, até os produtos de Mato Grosso do Sul, como as folhosas, tiveram elevação no preço. "O calor está intenso e as folhosas acabam sendo as mais prejudicadas, pois elas acabam murchando e ficam nas gôndolas com o preço alto", comenta.

Outro hortifrúti que teve aumento no preço foi a cebola, elevação 16,67%, passando de R$ 3 para R$ 3,50. Em 30 de outubro, o quilo da cebola estava R$ 1,25 na Ceasa.

Para que os valores fiquem mais acessíveis aos consumidores, vai depender de um clima estável e isso, de acordo com o coordenador, não tem como prever. "Não há como saber quando os preços vão melhorar, já que nos próximos três meses o tempo é de instabilidade. No Estado o que tem acontecido é o clima muito quente, prejudicando a produção de hortifrútis e fazendo com que os produtores irriguem mais as hortas, aumentando rapidamente os preços", alega.

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